PT vai propor ‘CPI do Propinoduto’ tucano na Câmara dos Deputados

do Brasil 247

Bancada no Senado, que resistia por temer que a proposta desse caráter de revanche se partisse de petistas, mudou de posição quando surgiram fatos novos, como revelações de que o esquema em licitações ocorreu em outros estados além de São Paulo; "Dentro do PT, já há maioria convencida de que um caso dessa envergadura merece uma investigação maior", afirma o líder Wellington Dias; na Câmara, deputado Paulo Teixeira já coleta assinaturas, mas como a fila de CPIs é grande, caminho para a instalação é que ela seja mista.
Bancada no Senado, que resistia por temer que a proposta desse caráter de revanche se partisse de petistas, mudou de posição quando surgiram fatos novos, como revelações de que o esquema em licitações ocorreu em outros estados além de São Paulo; “Dentro do PT, já há maioria convencida de que um caso dessa envergadura merece uma investigação maior”, afirma o líder Wellington Dias; na Câmara, deputado Paulo Teixeira já coleta assinaturas, mas como a fila de CPIs é grande, caminho para a instalação é que ela seja mista.
Os petistas conseguiram unidade no Congresso para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue as denúncias de cartel e favorecimento a políticos do PSDB em licitações de obras do Metrô e trens (CPTM) no Estado de São Paulo e no Distrito Federal. A bancada do PT no Senado, que estava resistente à  ideia, mudou de posição nesta terça-feira 13 depois que surgiram novos fotos, como revelações de que o esquema ocorria também em outros estados.

“As últimas revelações do caso mostram que uma quadrilha operou em mais Estados e que há envolvimento de recursos públicos federais”, disse o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI). “Dentro do PT, já há maioria convencida de que um caso dessa envergadura merece uma investigação maior”, acrescentou. A resistência da bancada na Casa à  criação da CPI se devia ao receio de que, partindo de petistas, a iniciativa poderia ser vista com um caráter revanchista, contra o PSDB paulista, que governa o Estado há 20 anos.

Para Dias, uma investigação no Congresso não faz bem para nenhum governo, mas é preciso punir os envolvidos. “Uma CPI não é boa para ninguém. Mas não podemos nos acovardar. Quem for envolvido terá de ser punido”, afirmou. Antes de começar a coletar as assinaturas, porém, o líder no Senado ainda pretende consultar os partidos do Bloco de Apoio Governista (PT-PDT-PSB-PCdoB-PSOL), que reúne, ao todo, 24 parlamentares. Para criar a Comissão, são necessárias no mínimo 27 assinaturas, de um total de 81 senadores. A conclusão das conversas será anunciada na próxima terça-feira.

Os deputados já estão unidos pela criação, mas a fila de CPIs na Câmara impediria que a proposta fosse concretizada. “Eles [senadores] decidiram apoiar a CPI Mista porque, só na Câmara, seria muito difícil. Há uma fila enorme de CPIs na frente”, explicou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), responsável por coletar as assinaturas. Hoje, cinco CPIs estão em funcionamento e há pedidos para que mais dez sejam instaladas. Os casos são avaliados cronologicamente. Além das 27 assinaturas dos senadores, os deputados precisam conseguir mais 171 do total de 513 membros da Casa.

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