PSDB teme que propinoduto tucano prejudique Aécio Neves

Apesar de dirigentes tucanos não terem abordado o assunto na reunião realizada ontem, na sede do partido, o assunto dominou as rodas; preocupação é que o escândalo do cartel no metrô e trens paulistas, com direito a propina a governantes do partido, acabe com o projeto do senador mineiro em 2014, que precisa de apoio principalmente no Estado de São Paulo, onde há, ainda, muitos membros do partido do lado de José Serra; com o PSDB atingido, existe também a chance de uma terceira via, como Marina Silva, ser beneficiada.
Apesar de dirigentes tucanos não terem abordado o assunto na reunião realizada ontem, na sede do partido, o assunto dominou as rodas; preocupação é que o escândalo do cartel no metrô e trens paulistas, com direito a propina a governantes do partido, acabe com o projeto do senador mineiro em 2014, que precisa de apoio principalmente no Estado de São Paulo, onde há, ainda, muitos membros do partido do lado de José Serra; com o PSDB atingido, existe também a chance de uma terceira via, como Marina Silva, ser beneficiada.
do Brasil 247

Além do governo de São Paulo, o escândalo do cartel no metrô e trens no Estado envolvendo governantes do PSDB pode prejudicar seriamente o projeto principal do partido hoje: a candidatura à  presidência da República do senador Aécio Neves (MG). Apesar de não ter sido tratado oficialmente durante a reunião com dirigentes na sede do partido em Brasília, nesta terça-feira 6, o assunto dominou as rodinhas.

A verdade é que há uma avalanche de notícias ruins contra o PSDB. O que deu o pontapé inicial foi uma denúncia da multinacional Siemens de que havia um cartel para as licitações do Metrô e dos trens metropolitanos em São Paulo e no Distrito Federal, com benefícios pagos inclusive à s autoridades da época: os governadores Mario Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. O relato da empresa alemã gerou ainda uma série de outras denúncias.

De acordo com a Polícia Federal, o vereador paulista Andrea Matarazzo, que ocupou o cargo de secretário estadual de Energia em 1998, foi um dos que recebeu propina, do grupo francês Alstom, e por isso, o indiciou por corrupção passiva. O tucano nega as acusações. Como se não bastasse, as denúncias vieram à  tona num momento em que o País é dominado por manifestações populares. As últimas na capital paulista, contra Geraldo Alckmin, já aproveitam para relacionar os desvios de verba à  má qualidade no transporte.

Com a imagem danificada do PSDB, e as acusações do partido de que existe um “vazamento seletivo” por parte do Cade, que segundo os tucanos, teria até os dedos do PT, existe ainda a chance de fortalecimento de uma terceira via, como fuga da polarização. Ontem, Aécio deixou clara essa desconfiança contra os petistas, ao afirmar que espera uma campanha “muito dura”, uma vez que enfrentará “setores ligados ao PT”. No caso, quem tem mais chances de destaque, segundo pesquisas, é a ex-ministra Marina Silva, do Rede Sustentabilidade.

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