Com o blog de Zé Otávio, de LondrinaFalta água mineral para beber nos órgãos da prefeitura de Curitiba. Se o funcionário ficar com sede tem que recorrer ao precioso líquido torneral!. Há um ditado popular, muito usado no interior do Paraná, segundo qual o que não mata engorda!.
Além da água, segundo fontes no Palácio 29 de Março, também não tem papel higiênicos em alguns banheiros. Correspondências, como as multas de trânsito, deixaram de ser entregues no prazo e sua validade poderá ser contestada pelos motoristas penalizados, como revelou aqui neste blog o colunista especialista em trânsito Marcelo Araújo. Estima-se que o governo Gustavo Fruet (PDT) poderá perder receita de cerca de R$ 1 milhão. Tapumes substituem os vidros na fachada do prédio, no Centro Cívico, que há dois meses foram quebrados nos protestos.
Por que da fartura! na prefeitura de Curitiba? Não tem dinheiro para suprir as necessidades básicas de quem trabalha em prol de todos os curitibanos? Claro que não, caro leitor. Pelo contrário. Dinheiro há. O problema é a falta de experiência do Dream Time! escalado pelo pedetista. O academicismo, a falta de política e de conhecimento técnico travam a burocracia do executivo municipal. Tudo que levaria apenas alguns dias para ser resolvido agora leva um século para se concretizar.
A inexperiência do secretariado de Fruet faz de uma simples renovação do contrato com os Correios, por exemplo, um calvário. O mesmo pode-se dizer em relação à licitação de produtos como água mineral, papel higiênico, etc. A reclamação é uma só: excesso de centralização na secretária das Finanças, Eleonora Fruet, e no próprio prefeito.
Há excesso de concentração na família [Eleonora e Gustavo Fruet], por isso nada anda. Também falta a definição de prioridades, pois mesmo não tendo água para beber se fala em construir um chafariz em frente à prefeitura. Mas quem paga o pato! são os secretários, que na última reunião do secretariado fez o maior chororô!, relatou ao blog uma importante fonte ligada ao prefeito.
Entretanto, o grande teste para o prefeito de Curitiba será a realização da milionária licitação das agências de publicidade. Na prefeitura, já há alas se estapeando para comandar o certame. O edital fora prometido para este mês, mas não saiu. Por enquanto, as agências ligadas ao governador Beto Richa (PSDB) seguem dando à s cartas na gestão do pedetista que prorrogou contrato com as mesmas no começo deste ano.
Gestão técnica não produz resultados para Londrina
O prefeito Alexandre Kireeff foi eleito em Londrina, prometendo realizar a chamada “gestão técnica”, em que iriam ocupar cargos chaves secretários pessoas com conhecimento técnico e não político.
Dizia ele, que a cidade estava cansada dos políticos e que somente pessoas com o conhecimento técnico poderiam resolver as questões da população.
Passados quase nove meses de administração, a chamada gestão técnica somente derrapou e não conseguiu produzir resultado algum em benefício da população. Seus resultados beiram o desastre e trazem na memória do povo, como era era melhor a gestão chamada de “política”.
O governo Kireeff não conseguiu fazer uma licitação de peso na cidade. Chamo de peso as licitações da merenda escolar, transporte escolar e lixo.
Em todos estes casos, o governo adotou contratos emergenciais, contrariando o discurso do candidato Kireeff de que no seu governo nunca recorreria aos contratos emergenciais.
A incapacidade de realizar licitações provocou manifestações até de setores simpáticos ao governo londrinense, como o Jornal de Londrina, que na edição de 28 de junho, escreveu: A administração do prefeito Alexandre Kireeff (PSD), eleita no ano passado com um discurso de praticar uma gestão técnica! à frente da Prefeitura de Londrina, está patinando nas licitações. Desde o começo do ano, editais importantes como as de coleta de lixo, merenda escolar, transporte escolar para as zonas urbana e rural e agora o Restaurante Popular, atrasaram por causa de problemas técnicos e forçaram, em alguns casos, contratações emergenciais.!
A gestão técnica foi responsável em fechar o Restaurante Popular. Preferiu tomar uma decisão que cortou a alimentação para mais de mil pessoas diariamente. Alegaram questões burocráticas, de documentação, porém tudo isto mostrou a insensibilidade de um governo que não olha o lado humano. Aliás, já está chegando 90 dias do fechamento e nada de reabrir o Restaurante Popular.
O ápice da incompetência da gestão técnica foi o concurso da saúde. Tido como emergencial pois substitui contratos que estão vencendo o prazo de trabalhadores de programas como o Saúde da Família, foi anulado após a Promotoria de Justiça constatar plágio de questões, retiradas de testes realizados em outros Estados, e suspeita de venda de gabarito aos candidatos por até R$ 5 mil.
A cidade ficou perplexa, porque a Secretaria de Saúde teve pelo menos 3 meses para planejar e organizar o concurso, e o resultado foi o pior possível. Hoje, a Prefeitura fala em contratar um instituto de concurso especializado para realizar a prova. Porque não fizeram isto há 3 meses?
A propalada gestão técnica do prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, tomou decisões que a população não compreendeu, foi quando o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippul) decidiu aumentar o limite de velocidade para 60 km/h em oito vias de Londrina.
Poderíamos enumerar diversos exemplos de como a gestão técnica tem sido utilizada para não fazer nada para a população. Mas para ilustrar, cito o texto do indignado jornalista José Antonio Pedriali, que recentemente escreveu em seu blog, após a assinatura de mais contrato emergencial: “Kireeff, que se apresentou na campanha como administrador eficiente, que se cuide.Pois urgentemente, corre o risco de ser chamado de Kibleeff!”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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