Chama-se Sônia Breide a agente da Polícia Federal (PF) que tenta vocalizar, no Paraná, os protestos ocorridos em junho oferecendo em contrapartida segurança à sociedade. Ela pode se transformar em uma dor de cabeça para Batman, o codinome político do deputado federal Fernando Francischini (PSDB), delegado licenciado da instituição.
Diretora de relações institucionais do Sindicato dos Policias Federais do Paraná (SINPEF/PR), filiada no PSD, Sônia pretende “aposentar” Batman com o apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT), entidade ao qual o sindicato está ligado, disputando em 2014 uma cadeira na Câmara Federal.
Nesta semana, em Curitiba, a policial-gata debutou em protesto da categoria em frente à Assembleia Legislativa apresentando uma extensa pauta de reivindicação. Os principais temas são relacionados à reestruturação do plano de carreira; o fim imediato do assédio moral e condições adequadas de trabalho na PF.
“Muitos agentes estão sofrendo perseguição política e assédio moral. Por outro lado, temos alguns que se acham o verdadeiro “Batman” e acabam prejudicando a imagem da Polícia Federal, pois muitas vezes a população é induzida ao erro e acha que a PF é composta por uma elite igual ao FBI norte-americano”, critica Paulo Rossi, presidente da UGT-Paraná, coordenador da pré-campanha de Sônia, dando mostras de como será a disputa pelos votos entre na corporação.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.