Cresce a cada dia o número de pré-candidatos ao Senado pelo Paraná. Nas eleições de 2014, somente uma cadeira estará em disputa. O favorito é o senador àlvaro Dias (PSDB), uma das estrelas da oposição na Casa, que tentará a reeleição.
O tucano foi eleito para o Senado, pela primeira vez, em 1982 (deixa a cadeira em 86 para disputar o governo do Paraná); depois foi eleito em 1998 e reeleito em 2006.
Cada mandato de senador tem oito anos. Se conquistar mais um em 2014 e cumpri-lo até o fim, àlvaro terá completado 28 de anos de Senado.
à‰ dentro desse contexto que surgem vários novos nomes de olho na única cadeira em disputa no Senado ano que vem. A lista é grande, mas vamos a ela nome por nome.
Sérgio Souza, do PMDB, suplente da ministra Gleisi Hoffmann, pré-candidata ao governo do Paraná pelo PT, sonha continuar no Senado. Em seu caminho está o ex-governador Orlando Pessuti, seu padrinho político, que também quer a vaga no partido. Se não conseguir internamente disputar a “reeleição”, Souza buscará uma cadeira na Câmara Federal.
André Vargas, estrela em ascensão no PT, vice-presidente da Câmara, coloca-se como candidato anti-àlvaro, mas seu projeto dependerá de composições majoritárias que Gleisi fizer. Para atrair partidos aliados, muito provavelmente, terá de negociar a vice e o Senado. As chances de Vargas aumentam, porém, se a ministra não concorrer ao Palácio Iguaçu.
O presidente da poderosa Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, também está na pista. Ele colocou seus perdigueiros em campo para sondar o cenário. Parece que o empresário se animou com as perspectivas.
Na mesma linha do presidente da Fiep está o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lúcio Glomb, um dos principais líderes do movimento “O Paraná que queremos”. Campagnolo e Glomb, ambos ainda sem filiação partidária, podem sentar à mesa e se “acertar” para 2014, pois o ex-presidente da OAB não descarta a Câmara.
O ex-senador Osmar Dias, do PDT, vice-presidente do Banco do Brasil, fala por aí que baterá chapa com o irmão tucano. à‰ mais fácil uma galinha criar dentes ou os ETs do Professor Wilson Picles descerem na Arena da Baixada que isso aconteça. Ou o pedetista disputará o governo, a vice de Gleisi ou ainda a Câmara. Um parêntese: se àlvaro disputar o governo, aí fica crível a vontade de Osmar retornar ao Senado.
A presidente do PV, deputada Rosane Ferreira, ainda analisa o quadro político, mas é lembrada por correligionários como “novidade” diante de àlvaro. O problema é que o surgimento de vários outros atores pulveriza suas possibilidades de voos mais altos em 2014.
O também deputado Eduardo Sciarra, presidente estadual e líder do PSD na Câmara, já avisou que não disputará a reeleição. Ele quer ou a vice ou o Senado, não importa de quem. Pode ser na chapa do governador Beto Richa (PSDB) ou da petista Gleisi Hoffmann.
Por falar em Richa, são cada vez mais evidentes os sinais de sua desistência da reeleição. O blog tinha mostrado durante a semana a existência desse debate no ninho tucano paranaense. Ontem foi a vez do insuspeito jornal Folha de S. Paulo se encarregar do réquiem de despedida do agonizante governo do PSDB. Beto pode disputar o Senado e dar a vez para àlvaro tentar voltar ao Palácio Iguaçu depois de 25 anos. Nesse caso, uma mão lava a outra e as duas…
Por fim, quem se movimenta discretamente nos bastidores é o professor universitário Luiz Antônio Rossafa, ex-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea). Ele flerta com a “Rede” de Marina Silva e com o PCdoB de Ricardo Gomyde. Em 2006, o engenheiro já fora cogitado para o Senado.
Resumo da ópera: a fila é grande para meter a mão no caixa único! de àlvaro Dias; se vão conseguir, aí são outros quinhentos.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.