O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), pode surpreender nos próximos dias propondo a redução da tarifa de ônibus para R$ 2,25. Oficialmente, a proposta foi apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitana de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), mas esse estudo já circula há tempo no próprio Palácio 29 de Março (sede do executivo municipal) e dos meios empresariais. A medida, conforme apurou o blog, tem a ver com a tentativa de recuperar preciosos 11% na popularidade perdidos com os protestos de junho.
A proposta oficializada pelo Setransp prevê redução da tarifa em R$ 0,45 com base em subsídios e calcada em um plano de mobilidade urbano que consistiria, também, na realização de uma pesquisa origem-destino. Dos atuais R$ 2,70, de acordo com os empresários, é possível reduzir para R$ 2,25.
Aliás, essa proposta de pesquisa não é nova. Essa conversa já vem desde março, quando o presidente da Assomec e prefeito de Pinhais, Luizão Goulart (PT), sugeriu que a entidade sindical pagasse esse levantamento para determinar o preço da passagem de ônibus.
Paralelamente à redução da tarifa para R$ 2,25, o Setransp defende indicação de fonte pagadora de gratuidades no sistema !“ estudantes, deficientes, policiais, carteiros, doentes crônicos, etc. !“ e uma taxa de administração que seria cobrada de toda a sociedade, além da retirada da planilha de custos a limpeza de terminais. Esses itens igualmente não são novidades, pois no começo de julho o professor Lafaiete Neves, em artigo publicado neste blog, propunha redução na tarifa a partir de “freios” nas gratuidades já existentes.
Em nenhum momento, as empresas de ônibus falaram em reduzir seus lucros anuais que chegam R$ 104 milhões. Essa informação é do diretor de transporte da Urbanização de Curitiba S. A. (Urbs), Rodrigo Brigotto Grevetti, durante depoimento prestado na Câmara Municipal, na última quinta-feira (1!º), na CPI da Urbs.