Como bem observou ontem José Andrade, neste blog, ao comentar a definição da data de 10 de setembro para a inauguração do Shopping Pátio Batel, “Curitiba vai terminar em igreja de crente e shopping”. Pode ser, mas também afloram as contradições desse mundo capitalista que faz ode ao consumismo.
Um exemplo que nem tudo é um mar de rosas nesse mercado de luxo e conforto foi o protesto feito por endinheirados do bairro, que foram à s ruas neste domingo protestar o Shopping Pátio Batel. A bronca dos burgueses do “quadrado” é com a possibilidade de o empreendimento de Salomão Soifer devastar uma área verde conhecida como Bosque Gomm.
A ideia do megaempresário é derrubar algumas árvores daquela localidade — ligando as ruas Hermes Fontes e Bruno Filgueira — para facilitar o fluxo do trânsito na região. Para que o leitor tenha noção desse impacto, só no Shopping poderão ser estacionados 2,3 mil carros em garagem coberta.
A burguesia do Batel quer preservar a área verde no bairro. Por outro lado, o novo Shopping Center quer tragar o espaço, pois acha mais importante vender o luxo, ilusão, falsa sensação de felicidade, etc.
à‰ evidente a contradição entre a classe dos mais ricos com a meca do consumo. Seria uma crise momentânea de consciência ou sinal dos novos tempos do Facebook? Aliás, a manifestação desse domingo foi articulada pela rede social.