OAB pede intervenção federal na investigação de tortura promovida pela polícia de Beto Richa

Juliano Breda, presidente da OAB-PR, pede intervenção federal diante da repercussão nacional do caso Tayná; acusados de estupro confessaram o crime depois de sofrerem tortura; evento negativo é mais golpe na já arranhada imagem do governador Beto Richa.
Juliano Breda, presidente da OAB-PR, pede intervenção federal diante da repercussão nacional do caso Tayná; acusados de estupro confessaram o crime depois de sofrerem tortura; evento negativo é mais golpe na já arranhada imagem do governador Beto Richa.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraná, divulgou nota oficial nesta quinta-feira (11) onde afirma que encaminhará pedido de providências junto ao Ministério Público Estadual e Justiça Federal para acompanhamento do caso Tayná.

Para a OAB, a polícia do tucano Beto Richa conseguiu a confissão dos quatro acusados de cometer o crime utilizando-se de tortura. Laudo do IML comprova que eles foram fortemente agredidos.

O crime aconteceu no último dia 28 de junho, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Na ocasião, segundo a versão da polícia do tucano, os quatro homens, que trabalhavam em um parque de diversões, teriam levado Tayná a um matagal e lá cometido estupro e assassinato da adolescente.

Entretanto, a própria Secretaria de Segurança Pública confirmou que o sêmen encontrado no corpo da garota não é de nenhum dos quatro acusados que estão presos.

Declarações de uma perita criminal feitas em 02 de julho dão conta de que o corpo da menina estava com roupas alinhadas – de forma que apenas ela mesma poderia ter vestido – com um cadarço no pescoço e tinha marca de pancada na cabeça.

A seguir, a íntegra da nota da OAB Paraná:

Economia

NOTA OFICIAL

A Seção do Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil, diante dos fatos apurados por suas Comissões de Defesa dos Direitos Humanos e de Advocacia Criminal a respeito das investigações do homicídio praticado contra Tayná Adriane da Silva, vem a público informar que tomará as seguintes providências:

– Designação dos presidentes das Comissões de Defesa dos Direitos Humanos, Advocacia Criminal e Defesa das Prerrogativas Profissionais da OAB para acompanhar as investigações do homicídio praticado contra Tayná Adriane da Silva, visando colaborar com o rápido esclarecimento do crime;

– Encaminhamento de pedido de providências ao Ministério Público Estadual para que tome as medidas urgentes necessárias para esclarecimento dos fatos;

– Apresentação de incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal das investigações referentes à s denúncias de tortura em face dos cidadãos presos por suspeita de cometimento do crime.

Curitiba, 11 de julho de 2013.

Juliano Breda
Presidente

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