As ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvati (Relações Institucionais) estão sendo engolidas e ainda não perceberam isso. Acham que sua presença no desempenho técnico do governo federal são suficientes para debelar a crise — que crise?, indagam — que derrubou o prestígio da presidenta Dilma Rousseff em 30%.
No encalço de Gleisi há o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, do PT, que vem tomando gosto pelas funções que deveriam ser da Casa Civil; no de Ideli tem o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, PCdoB, sempre um coringa nos momentos de crise política — portanto, pau pra toda obra, inclusive para a Copa.
Para retomar o charme e a força no Planalto, Gleisi precisa esquecer o discurso “técnico” e partir para a política. Aliás, o que derrubou e associou Dilma à crise foi a falta de política, não de programas.
O blog apurou com dirigentes partidários que a presidenta Dilma deixou o governo sem interlocução com mundo político real e, quando precisou, faltou-lhes chão. Não fez e não deixou que o fizessem por ela. Mercadante cresce nesse vácuo que tem o tamanho do mundo.
Se suas tropas não agirem rápido, Gleisi e Ideli podem repetir o feito do ex-ministro Muhammad Saeed al-Sahhaf, na guerra pela invasão do Iraque, em 2003, quando vendia imagem de um Saddam Hussein vitorioso mesmo as câmeras de TVs mostrando ao vivo que Bagdá caia nas garras dos norte-americanos.
O desfecho da guerra do Iraque todos nós já sabemos…
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.