Em tese, até prova em contrário, todo político corre risco de não ser reeleito. A dúvida quanto ao sucesso nas urnas, em 2014, não atinge somente a presidenta da República. Começa pelo vereador do mais longínquo município do país.
Em 2005, sob o intenso fogo do mensalão, a imprensa jurava que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava abatido. Que não seria reeleito. Apostou errado. O petista venceu o tucano Geraldo Alckmin. Fez 58 milhões de votos.
Lula, mesmo não sendo mais presidente, continua apanhando da velha mídia igual cachorro sem dono. Dilma, mesmo pagando caro, tem apanhado todo santo dia. Parece até mulher de malandro. Ou seria falta de Norte político, ausência de uma estratégia de comunicação?
Só no ano passado, estima-se que rádios, jornais e televisões receberam do governo federal cerca de R$ 1,2 bilhão em propaganda. Nesse quinhão também está o grupo RPC, do qual fazem parte a Gazeta do Povo e a emissora de TV afiliada à Rede Globo.
A meu ver, os últimos eventos políticos foram pedagógicos e deles pode-se extrair ensinamentos e apontar ações imediatas ao governo federal: 1- organizar e fortalecer sua própria imprensa; 2- deixar de encher as burras da velha mídia golpista; e 3- reabrir o debate da regulação da mídia no país.
Veja abaixo a distribuição da verba publicitária por veículo de comunicação:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.