Na prática, o desembargador não disponibilizaria parte dos depósitos judiciais — coisa que varia entre R$ 2,1 bi e R$ 7 bi, dependendo de quem faz a conta — que está sob sua guarda naquele tribunal.
O diabo é que o Palácio Iguaçu e a bancada governista na Assembleia Legislativa estão contando como “certa” a adesão do TJ ao “CU”, ou seja, Clayton Camargo teria também se comprometido com Richa.
O presidente do TJ é pai do deputado estadual Fábio Camargo (PTB), que quer a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Disputa com ele a indicação seu colega de parlamento Plauto Miró (DEM), 1!º secretário da Casa.
O PT e o ex-conselheiro do TCE Hermas Brandão, que presidiu a Assembleia, juntos, afirmam que controlam 17 votos. Portanto, um quarto dos 54. Petistas e Brandão não querem que o presidente do TJ ceda ao “CU” de Richa de jeito nenhum.
Os bilionários depósitos judiciais seriam a única salvação do governo de Beto Richa, coisa que desagradaria Hermas Brandão e aos petistas que defendem as cores da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, rumo ao Palácio Iguaçu em 2014.
Governistas e petistas, na expectativa, se perguntam na Assembleia: Afinal, para quem ele [Clayton Camargo] vai dar [o apoio]?!.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.