O senador Roberto Requão (PMDB-PR) foi um dos 7 votos no Senado contra a aprovação da MP 595, que privatiza os portos brasileiros com dinheiro público. No fim das contas, foram 53 votos a favor, 7 contra e 5 abstenções.
Se Requião lamentou a privatização dos portos, por outro lado, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), acreditam que “foi uma vitória para o Brasil, para a competitividade brasileira”.
Depois de uma negociação muito pouco regular, moral e ética, foi aprovada na Câmara dos Deputados a Medida Provisória dos Portos. à‰ uma Medida errada, equivocada!, disse Requião, quase indo à s lágrimas.
Requião citou alguns pontos prejudiciais, como o fim da licitação dos espaços públicos e o fim da reversão do patrimônio à União ao término da concessão.
Nos Estados Unidos todos os portos são públicos. O melhor porto do mundo é Rotterdam, na Holanda. Propriedade pública e operação privada como no Brasil!, citou.
à‰ um vezo, uma tendência do nosso governo atual, do PT, de ir para a direita. Agora vem esta Medida Provisória no afogadilho para o Senado. Querem votar hoje. Eu, por exemplo, não li a forma final desta Medida Provisório que ainda não foi nem publicada. Mas vão querer que eu vote no plenário do Senado!, disse.
Segundo Requião, o interesse econômico de grupos e o interesse eleitoral do governo estão provocando alianças com grupos econômicos bem definidos.
Eu, que acompanhei o PT em quatro eleições para presidente da República com o Lula e uma com a Dilma, me sinto frustrado, decepcionado, traído mesmo!, desabafou.
O senador disse que gostaria de ver avançar o projeto de desenvolvimento com raízes nacionalistas.
Brasil Nação, Brasil soberano, Brasil independente. E não o Brasil dependente na mão de armadores internacionais e subordinado à monocultura das commodities. Não há objetivo nacional permanente. Há o objetivo eleitoral permanente!, afirmou.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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