Na guerra pelo Tribunal de Contas, base governista racha na Assembleia Legislativa do Paraná

Pessuti é lembrado pelo PT para disputar vaga no Tribunal de Contas; base governista se dividiu entre Fábio Camargo e Plauto Miró; governador Beto Richa tende a declarar apoio ao filho do presidente do TJ; esse imbróglio está longe de ser resolvido.
Pessuti é lembrado pelo PT para disputar vaga no Tribunal de Contas; base governista se dividiu entre Fábio Camargo e Plauto Miró; governador Beto Richa tende a declarar apoio ao filho do presidente do TJ; esse imbróglio está longe de ser resolvido.
Dois deputados estaduais governistas disputam uma cadeira vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), que era ocupada pelo ex-conselheiro Hermas Brandão. A data da eleição ainda nem foi definida, mas a guerra já é uma das mais renhidas na história da Assembleia Legislativa do Paraná.

Problemas para o governador Beto Richa (PSDB), que terá de descer do muro. Os ventos tucanos assopram rumo ao deputado Fábio Camargo (PTB), filho do desembargador Clayton Camargo, presidente do Tribunal de Justiça do Paraná.

O primeiro-secretário da Assembleia, Plauto Miró Guimarães (DEM), tende a ficar chupando dedo nessa empreitada. Ele já recebeu o aviso do presidente da Casa e do PSDB, Valdir Rossoni, da preferência do governador por Camargo.

Richa quer agradar o clã Camargo porque está de olho em R$ 2,1 bilhões dos depósitos judiciais que estão sob a guarda do TJ. Por isso ele poderá deixar o companheiro Plauto “ferido da estrada”, afinal de contas são R$ 2,1 bilhões — dinheiro que poderia irrigar as pequenas prefeituras do interior e ajudá-lo na cambaleante luta pela reeleição de 2014.

Para meter a mão na grana, Richa ainda tem que aprovar na Assembleia o Caixa Único, ou “CU”, como prefere chamar o senador Roberto Requião (PMDB). E é aí que porca torce o rabo, pois Plauto avisa que o “CU” é inconstitucional. Ele votou contra a proposta e se movimenta para inviabilizá-la na Justiça.

Além de muito magoado com Beto Richa, o primeiro-secretário da Assembleia também anda soltando os cachorros no presidente Rossoni. Um deputado governista disse a este blogueiro que caldo vai ferver mais ainda quando for definida a data da eleição ao TCE.

Economia

Plauto Miró, mesmo se não tiver apoio do governador, jura que se manterá na disputa. Ou seja, a base governista está rachada na Assembleia.

Sobre esse imbróglio governista, o PT ainda não se pronunciou. Este blogueiro ouviu de um parlamentar petista que, nesse quadro, “agora é a hora do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) também se apresentar para a disputa do Tribunal”.

à‰ bom lembrar que Pessuti resolveu esta semana o problema com sua aposentadoria. O TJ devolveu-lhe o benefício mensal de R$ 25 mil que o governador tucano havia pedido para cancelar.

Agora a pergunta que não quer calar: Será que o ex-governador aproveitará dessa divisão da base governista e vai encarar essa? Eu tentei perguntar isso hoje, mas ele não atendeu ao celular. Vou tentar amanhã novamente. à‰ isso.

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