Banco do Brasil “libera” Osmar Dias para fazer política no Paraná

Osmar Dias (PDT).
Osmar Dias (PDT).
No final de setembro de 2012, este blog registrou que o vice-presidente do Banco do Brasil e ex-senador Osmar Dias, presidente estadual do PDT, havia abandonado seus correligionários feridos! na estrada durante a batalha eleitoral; que seus companheiros não tiveram a honra de tê-lo no palanque pedindo votos na renhida disputa pelas prefeituras do Paraná (clique aqui para relembrar).

Para driblar os inúmeros pedidos de apoio de pedetistas e aliados, Osmar dizia que o cargo que ocupa no Banco do Brasil !” a vice-presidência de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas !” não permitia que se envolvesse em política.

Augustinho Zucchi, de Pato Branco, e Edgar Bueno, de Cascavel, não viram a cor do presidente estadual do PDT. Em Curitiba, na época, chegou reclamar do então candidato do partido: [Gustavo] Fruet nunca falou que tem o meu apoio!.

O banco tem 60% capital público e 40% privado, portanto, se um estatutário como eu participar da campanha recebe uma multa de R$ 50 mil da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Eu tenho um parecer jurídico do banco e por isso me licenciei até da presidência do PDT!, justificou ao blog, ano passado, o motivo do afastamento das campanhas eleitorais dos companheiros.

Ele também chegou a falar em troco! pelas traições que sofrera em 2010, quando disputou o governo do estado (relembre clicando aqui).

Entretanto, evidenciando a contradição entre o discurso e a prática, no segundo turno, em Curitiba, Osmar Dias desceu do muro (clique aqui para relembrar) ao participar de algumas ações de campanha de Fruet.

Economia

Pois bem, pelo jeito a restrição de Osmar Dias é apenas para os outros. Para a política dele pode. Até aparecer na propaganda do horário eleitoral gratuito. Foi o que aconteceu ontem (1!º). O pedetista surgiu como principal estrela no horário eleitoral do partido (pois ele se diz pré-candidato ao Senado).

Sempre achei muito esquisita essa história de proibição do Banco Brasil. Afinal de contas, até a presidenta Dilma Rousseff — sua chefe — subiu em vários palanques eleitorais em 2012. A Constituição Federal garante a todos o direito de expressão. Até a um diretor de banco.

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