O Paraná avança
por Ademar Traiano *
O Brasil vem se movendo a passos trôpegos. Os indicadores econômicos e sociais (IDH) revelam sinais preocupantes de estagnação ou regressão. O país caiu 25 posições em um ranking que mede o ritmo de crescimento do PIB de 166 países, elaborado com dados do Fundo Monetário Internacional. O Brasil cresceu 0,9%, os G-7 cresceram 1,5%, a América Latina, 3%; o mundo, 3,2% e os emergentes 5,1%.
Mais preocupante que o pibículo da Dilma, e a regressão dos indicadores do IDH, são os indícios dramáticos que a imprudência do governo do PT retirou a estaca – cravada pelo PSDB na década de 90 – do coração do vampiro da inflação. E o monstro está ressuscitando com sede enorme de sangue e suco de tomate. Ninguém precisa explicar ao brasileiro o que isso significa. A inflação é o mais cruel dos impostos e o que atinge da forma mais cruel os mais vulneráveis.
Enquanto o Brasil anda sem rumo, o Paraná avança. Segundo o IBGE a produção industrial paranaense (1,9%) teve o melhor resultado da região Sul e Sudeste, em um contraponto positivo a regressão de 2,2% negativos da média nacional. As vendas do setor cresceram 2,27%, sobre 2011, segundo dados da FIEP.
Como reflexo dessa expansão produtiva, o emprego industrial avançou 7,9% no Paraná enquanto no país declinou 0,3%. Os salários dos trabalhadores nas indústrias do Estado evoluíram 12,2% no período, já descontada a inflação, com ganhos reais superiores à média nacional de 8,7%.
Além da indústria, também a agricultura paranaense colhe indicadores positivos diferenciados. Está em 1!º lugar na produção de milho e feijão nas últimas duas safras e se mantém na condição de segundo maior produtor de soja. Na temporada 2012/2013 a colheita de grãos no Estado vai superar a marca de 36 milhões de toneladas, o que corresponde a mais de 20% de toda a produção nacional.
Na avicultura, o Paraná é o primeiro no ranking nacional na produção e exportação de frangos. Também o setor terciário, o comércio, apresentou um desempenho expressivo, segundo dados do IBGE. O volume de vendas do comércio varejista paranaense cresceu 18,1% no biênio 2011/12, acima da expansão nacional (15,2%), superando por margem significativa também os Estados do Sul, como Rio Grande do Sul (15,5%) e Santa Catarina (12,4%). Nesses dois anos foram criadas 212.000 ocupações formais no Paraná. à‰ importante destacar que 64% desses novos postos de trabalho estão situados fora de Curitiba e da Região Metropolitana, revelando que uma saudável interiorização do crescimento econômico.
As ações sociais, como o Programa Família Paranaense, que busca a redução da vulnerabilidade social, de um modo global, foi concebido mirando a eficácia e não ações espalhafatosas de marketing. Daí, talvez, um dos motivos de seus bons resultados, na habitação, na renda, saúde, qualificação e educação.
Educação é uma prioridade absoluta deste governo. Foi concedido reajuste de 35% ao magistério, foram ampliados recursos para transporte e merenda escolar. No transporte dos estudantes os valores passaram de R$ 28 milhões em 2010 para R$ 80 milhões em 2012.
Nada disso ocorreu por acaso. O Estado passou a ser um discreto, mas eficiente, indutor do crescimento da economia. Na contramão do que faz o governo federal, o governo do Paraná tomou medidas para consolidar o respeito à s regras do jogo e a segurança jurídica.
Os frutos dessa política estão aí. No dia 3 de outubro, por exemplo, a Sumitomo inaugura sua primeira fábrica no Paraná. A unidade, um dos primeiros investimentos atraídos pelo programa Paraná Competitivo, vai criar 1,5 mil empregos diretos. Implicará em investimentos de R$ 560 milhões na fábrica em Fazenda Rio Grande, numa área de 500 mil metros quadrados. Em plena capacidade, serão produzidos diariamente 15 mil pneus das marcas Dunlop e Falken. O Paraná está fazendo a diferença.
*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.