Depois de críticas, Richa recua de privatização bilionária

via Gazeta do Povo, com informações de Karlos Kholbach

Beto Richa (PSDB).
Beto Richa (PSDB).
O governo estadual anunciou, nesta quarta-feira (3), a suspensão, por tempo indeterminado, da licitação que criaria, via parceria público-privada (PPP), o programa Tudo Aqui Paraná!, que ofereceria serviços variados, como emissão de documentos, aos cidadãos de sete municípios do estado. A licitação previa contrato de 25 anos, ao custo de R$ 3 bilhões, o que gerou críticas ao projeto. A previsão é que os envelopes com as propostas fossem abertos em 25 de abril.

A suspensão, comunicada pelos secretários Cassio Taniguchi (Planejamento) e Reinhold Stephanes (Casa Civil), foi determinada pelo governador Beto Richa (PSDB), para que o projeto seja mais debatido. Stephanes e o líder do governo da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), reconheceram que a proposta deveria ter sido mais discutida.

Ouve falha do governo, [que] poderia ter feito uma explicação durante todo o curso do projeto!, disse Traiano.

Taniguchi defendeu a proposta, que, segundo ele, permitira ao estado economizar cerca de R$ 150 milhões ao longo dos 25 anos com a centralização dos serviços nas unidades do “Tudo Aqui”.

Falta da oposição e atrasos

Economia

Os deputados de oposição, que têm feito críticas ao projeto, não compareceram à  reunião, que, a princípio seria fechada, mas acabou sendo pública, com a presença da imprensa. Nas últimas semanas, a maioria governista rejeitou requerimentos da oposição para ter mais dados sobre o programa. Um deles convidava e outro convocava Taniguchi a ir à  Assembleia.

Já alguns deputados da situação chegaram com atraso ao encontro, pois, no mesmo horário, o governador Beto Richa (PSDB) entregou, no Palácio Iguaçu, 37 novos carros para reforçar a estrutura de atendimento dos escritórios regionais e da rede de Agências do Trabalhador no interior do estado.

O projeto

Feito na modalidade de parceria público-privada (PPP), o programa prevê a instalação de centros de atendimento em Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. De acordo com o edital de licitação, o governo pagaria R$ 9,9 milhões mensais para a empresa que vencer a concorrência. Segundo o Executivo, cada unidade deve reunir 34 órgãos e 171 serviços, como emissão das carteiras de identidade e de habilitação e solicitação da 2.!ª via de contas de luz e água.

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