A velha mídia berra em suas manchetes que o novo papa, Francisco, por se latino-americano, pode preencher uma importante lacuna política hoje ocupada por governos de esquerda, populistas e igrejas neopentecostais.
Na prática, nos dizem os jornalões do Partido da Imprensa Golpista (PiG), o Vaticano vai entrar de sola na disputa política nos países da região !“ incluindo o Brasil. A ideia é abrir enfrentamentos nos campos político e ideológico.
Diz reportagem de capa do jornal O Globo deste domingo (17): Essas lideranças optaram por plataformas que muitas vezes iam contra o pensamento católico – fosse por políticas unicamente assistencialistas fosse com brigas e críticas a arcebispos locais. Ou ainda com o fomento de ideias marxistas, ou com a aproximação crescente com a China, país do qual muitos desses governos latino-americanos começaram a depender, e onde religiosos e outros dissidentes até hoje são perseguidos!.
O cardeal Jorge Mario Bergoglio tem um histórico de enfrentamento contra os Kirchner na Argentina. Em seu país foi acusado de se acovardar durante a ditadura militar (1976-1983), outros o apontam como cúmplice do regime que sequestrava, matava e torturava políticos e até padres.
As Mães da Praça de Maio!, por exemplo, imputam ao novo papa cumplicidade em sequestros de bebês. Alguns comentaristas conservadores, neste blog, têm urticária quando entro no debate religioso; eles sentem arrepios na nuca quando defendo a liberdade de escolha dos homossexuais.
Aqueles que usam o tapa olho! da religião dizem que eu fico melhor discutindo política do que ingressando nesse terreno espiritual. Ora, então a igreja que fique no campo abstrato e deixe a política com os partidos políticos. A igreja pode fazer política e eu, blogueiro que sou, por que não posso discutir religião? Santa hipocrisia!
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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