O governador Beto Richa (PSDB) e o prefeito Gustavo Fruet (PDT), de Curitiba, se digladiam politicamente acerca do fim do subsídio ao transporte coletivo.
O tucano anunciou que não mais repassará cerca de R$ 60 milhões à Urbs, empresa mista que gerencia o transporte na capital.
O pedetista, por sua vez, disse que o corte comprometeria a integração com a região metropolitana, jurisdição do governo estadual, mas que estaria disposto a garantir a tarifa única.
Pelo Twitter, Richa deu sua opinião: “Cada um deve arcar com as suas responsabilidades. Não é certo terceirizar os problemas”.
Fruet admite reajuste no preço da passagem do ônibus ainda neste final de semana. Fala-se de R$ 2,60 para R$ 3.
Pois bem, a presidenta Dilma Rousseff também poderá entrar nesse imbróglio do transporte. Ela quer cortar tributo de ônibus e diesel para ajudar no combate à inflação e beneficiar o trabalhador de baixa renda.
Dilma estuda reduzir ou isentar da cobrança dos dois tributos o diesel e o setor de transporte coletivo urbano (ônibus e metrô). A ideia é reduzir as passagens de ônibus em 2014, mas, segundo informações do Palácio do Planalto, poderá ser antecipado para Curitiba em uma espécie projeto piloto.
A avaliação do Planalto é que, até aqui, as desonerações focaram beneficiar mais diretamente o setor produtivo e que seria a hora de estender o benefício à baixa renda.
No caso do etanol e do diesel, a desoneração visa dar alívio de caixa para a Petrobras e reduzir impacto de reajuste de preços de combustíveis no médio prazo. O governo quer tornar o preço do etanol mais competitivo e reduzir a importação de gasolina.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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