Aécio Neves conta uma piada: “Queremos reestatizar a Petrobras”

do Brasil 247

PSDB inicia seminário batendo duro na gestão e nos resultados da maior estatal do País; discurso central será do presidenciável Aécio Neves, que chegou ao evento provocando os petistas: "Queremos reestatizar a Petrobras, que foi partidarizada pelo PT"; tucanos criticam queda de 47,1% no valor de mercado nos últimos dois anos; "Petrobras fez o País deixar de receber R$ 15 bilhões ao não realizar leilões de exploração de petróleo", criticou ao 247 o ex-governador Alberto Goldman.
PSDB inicia seminário batendo duro na gestão e nos resultados da maior estatal do País; discurso central será do presidenciável Aécio Neves, que chegou ao evento provocando os petistas: “Queremos reestatizar a Petrobras, que foi partidarizada pelo PT”; tucanos criticam queda de 47,1% no valor de mercado nos últimos dois anos; “Petrobras fez o País deixar de receber R$ 15 bilhões ao não realizar leilões de exploração de petróleo”, criticou ao 247 o ex-governador Alberto Goldman.
Os tucanos juntaram munição pesada contra a Petrobras e abrem fogo na tarde desta terça-feira 12, em Brasília, no seminário ‘Recuperar a Petrobras é o Nosso Desafio’. Tudo está reunido no que eles chamam de “Livro Negro da Petrobras”, um conjunto de números que, segundo os chefes do partido, atesta a decadência da maior estatal do País. Apropriando-se do slogan da empresa, o partido ocupa o plenário 2 da ala de comissões da Câmara, desde 14h00, para fazer críticas à  atual gestão da companhia. Os partidos oposicionistas DEM e PPS também estão no evento. “O PSDB resolveu chamar para si a responsabilidade de mobilizar todos os brasileiros que não querem ver um de seus maiores patrimônios destruído”, registra o site da agremiação.

O presidenciável Aécio Neves será o principal palestrante do seminário. Ele deverá atacar a queda de 36% do lucro da empresa, registrada entre 2011 e 2012. O resultado foi o pior da estatal em oito anos. O endividamento da companhia, equivalente a 2,8 vezes a sua geração de caixa, contra 0,6, em média, das concorrentes estrangeiras, deverá ser outro ponto frisado por Aécio. “Queremos reestatizar a Petrobras, que foi partidarizada pelo PT”, provocou o senador ao chegar ao evento.

“O PSDB vem alertando há tempos [para] a situação caótica da Petrobras”, comentou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). “A Petrobras precisa de gerência profissional e qualificada e acabar com o loteamento político”, comentou o presidente nacional do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), também presente ao seminário, que foi aberto por Wagner Freire, ex-chefe da área de geofísica da Petrobras. “à‰ uma incoerência que o preço de derivados não seja indexado ao mercado internacional”, disse Freire. “Se isso não for feito rapidamente, a Petrobras vai entrar numa fase mais complicada ainda”, alertou.

Críticas

“A Petrobras está com sua produção nos níveis de três anos atrás, parou no tempo e andou para trás”, disse ao 247 o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman. Na Câmara dos Deputados, ele foi presidente da comissão de privatizações durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2202). “Nos últimos quatro anos, a Petrobras se recusou a fazer leilões para licitar áreas petrolíferas a serem exploradas, querendo abraçar tudo sozinha”, afirmou Goldman.

Economia

“Como nenhum leilão foi feito, o resultado foi uma perda para a empresa e, em consequência, para o País, de 15 bilhões de reais nesse período. Esse dinheiro poderia ter entrado no caixa da empresa pelo interesse das companhias estrangeiras em participar dos leilões, mas o que aconteceu foi que nem houve disputa nem a Petrobras cumpriu a promessa de ela própria fazer a exploração”.

Valor de mercado

Os tucanos escoram suas críticasna perda de valor de mercado da estatal– apenas nos últimos dois anos, a perda foi de 47%. “Esperamos que nossa ideia inspire outras ações e mobilizações cada vez maiores dos brasileiros decididos a melhorar o Brasil”, diz a nota em que o PSDB convoca para o debate. “Quem sabe não possamos inspirar mais uma vez a presidente Dilma Rousseff a tomar as medidas certas, como ela fez em relação à  cesta básica, adotando a proposta do PSDB de zerar os tributos federais sobre os principais alimentos que vão para a mesa do trabalhador”, provoca a nota.

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