Papa aprova decreto que pode antecipar escolha de seu sucessor

da Agência Brasil

Não foi só Bento 16 quem caiu; aos poucos, sua agenda conservadora começa a ser derrotada; neste mês, 24 horas depois de sua renúncia, os deputados da França aprovaram a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, algo que o pontífice definia como "manipulação da natureza"; manifestantes do Femen celebraram a renúncia do Papa dentro da Catedral de Notre-Dame, em Paris.
Não foi só Bento 16 quem caiu; aos poucos, sua agenda conservadora começa a ser derrotada; neste mês, 24 horas depois de sua renúncia, os deputados da França aprovaram a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, algo que o pontífice definia como “manipulação da natureza”; manifestantes do Femen celebraram a renúncia do Papa dentro da Catedral de Notre-Dame, em Paris.
O papa Bento XVI aprovou hoje (25) um decreto que possibilita a antecipação do conclave que vai eleger seu sucessor. Segundo informou o Vaticano, no documento, o pontífice lembra que o prazo normal para a realização de um conclave é no mínimo 15 dias e no máximo 20, após o início da Sé vacante, período que começa com a morte ou renúncia de um pontífice. Com isso, o processo de escolha do novo papa deveria começar entre 15 e 20 de março, como informou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, no dia 13 deste mês.

“Deixo aos cardeais a possibilidade de antecipar o início do conclave, uma vez que todos estejam presente, ou o adiamento, em caso de motivos graves, da eleição por alguns dias”, disse o papa no decreto divulgado hoje.

O papa Bento XVI anunciou no último dia 11 que deixará o pontificado na próxima quinta-feira (28) em razão da idade avançada.

Devem participar do conclave que vai eleger o novo papa 115 cardeais. Hoje (25), o cardeal Keith O’Brien, homem mais importante na hierarquia da Igreja Católica na Grã-Bretanha, apresentou seu pedido de renúncia, após de ter seu nome envolvido em um escândalo ocorrido há três décadas.

O alemão Joseph Ratzinger, 85 anos, assumiu o comando da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, após a morte de João Paulo II. Aos 78 anos, Ratzinger foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito papa e sua renúncia é a primeira de um pontífice na era moderna. O último chefe da Igreja Católica a renunciar foi Gregório XII, no século 15 (1406-1415).

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