No Paraná, a Segurança Pública vai bem só no propaganda

UPS funcionam como marketing político. Foto: Rubem Vital/Jornal de Londrina.
UPS funcionam como marketing político. Foto: Rubem Vital/Jornal de Londrina.
Boa parte dos jornais paranaenses destacaram neste domingo (6) os elevados índices de homicídio no estado. Algo assustador. O que chama a atenção, no entanto, é que pesquisa recente mostrou a área da Segurança do governo Beto Richa (PSDB) como a mais lembrada pelos eleitores.

Em Maringá, Noroeste do estado, o número de homicídios e latrocínios registrados em Maringá em 2012 subiu 16,6% em relação ao ano anterior (veja aqui). O município de Londrina, Norte do estado, fechou o ano de 2012 com 129 homicídios. O número é mais que o dobro do índice preconizado pela Organização Mundial da Saúde (leia mais sobre isso clicando aqui).

Segundo levantamento da Paraná Pesquisas (relembre clicando aqui), divulgado pelo jornal Gazeta do Povo no final de dezembro de 2012, apenas 9% dos paranaenses se recordam espontaneamente de políticas públicas realizadas ligadas à  área da Segurança, que se tornou a principal marca da atual gestão em seus primeiros dois anos.

Apesar dos números, isto não quer dizer que a Segurança é bem avaliada. Traduzindo: a propaganda governamental até agora surtiu certo efeito, mas o problema é que a realidade — os altos índices de assassinato nas maiores cidades do Paraná — não bate com o anúncio de tranquilidade.

As Unidades do Paraná Seguro (UPS) implantadas em Curitiba, Londrina e Cascavel, na verdade, funcionam como muletas políticas do governador e foram tentativas para ajudar na reeleição de prefeitos aliados. São mais ações de marketing político do que ações efetivas na segurança pública.

A realidade é completamente descolada da realidade, portanto, a tendência é que haja, nos próximos capítulos, efeito inverso do esperado pelo Palácio Iguaçu (como descrédito à  publicidade oficial, rejeição ao governador, etc.). à‰ esperar e conferir.

Economia

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