O governador Beto Richa (PSDB) promete anunciar semana que vem novos nomes no seu secretariado. A mudança será mais profunda do que se imagina.
O PMDB ganhará mais espaços. O PSD também abocanhará outros (já tem o Turismo). O PSC estreará no governo tucano com Ratinho Junior, ex-candidato a prefeito da capital escalado no time para ser o anti-Fruet.
As pastas que poderão ter seus comandos trocados são: Casa Civil, Planejamento, Administração, SUDE, Educação, Copel, Sanepar, Agricultura e Desenvolvimento Urbano.
Também foi criada uma nova sinecura: a Paraná Edificações (Obras). A nova estrutura reduzirá o papel da Educação e da antiga Fundepar (SUDE), que serão esvaziadas.
Richa vai fazer o que deveria ter feito já no início do governo: abrir espaço para os partidos políticos. Achou que governadoria somente com os técnicos desconhecidos, sozinho. Em nome da governabilidade, agora, tem que ceder à fome das legendas e isso dá a impressão que promove um toma-lá-dá-cá com os cargos.
Gustavo Fruet (PDT) comete o mesmo pecado na prefeitura de Curitiba. Privilegiou mais o aspecto técnico na sua equipe. Acredita que continuará forte para sempre. Poderá precisar dos partidos mais além. A vida diz que assim será.
Richa e Fruet se parecem até mesmo no gesto de devolver 30% de seus salários a entidades de caridade. Um ato de suprema demagogia.
Nos bastidores da política conta-se uma fábula sobre a semelhança nas caminhadas de ambos.
Diz-se que Fruet encontrou-se casualmente com um senhor num futuro distante. A feição lhe era familiar, mas não se recordava do nome. Quem é o senhor?!, perguntou. Eis a resposta enigmática: Eu sou você amanhã!. Passados alguns dias, Fruet descobriu que se tratava do antigo companheiro de ninho Beto Richa.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.