Renata Bueno estranha que expressão gentalha! seja punida e desvios de R$ 30 mi acobertados!

Vereadora Renata Bueno.
Em nota oficial, a vereadora Renata Bueno (PPS) abriu fogo contra a Comissão de à‰tica da Câmara Municipal de Curitiba que, ontem (3), a puniu com censura pública! por ter usado a expressão gentalha! ao se referir aos colegas numa entrevista.

Causa espécie que em nenhum momento tenhamos conseguido emplacar um processo sério contra os contratos de publicidade que fizeram evaporar R$ 30 milhões da Câmara de Vereadores. Mas um processo contra o uso da palavra “gentalha” cumpre o rito e é devidamente concluído!, diz um trecho da nota.

A vereadora reconhece que a expressão gentalha! é malfada!, mas evoca a liberdade de expressão que constitui um dos pilares fundamentais da democracia!. Ela explica que sua fala se deu no contexto maior dos embates que travei pela denúncia, investigação e afastamento do ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal João Cláudio Derosso.

A seguir, leia a íntegra da nota oficial de Renata Bueno:

Nota Renata Bueno sobre decisão do Conselho de à‰tica da Câmara Municipal de Curitiba

O Conselho de à‰tica da Câmara Municipal decidiu me penalizar pelo uso da expressão bando de gentalha!, com o qual eu reagi à  agressividade de alguns vereadores, em outubro de 2011. Com a devida licença, quero recolocar as coisas no seu devido lugar.

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Embora tenha utilizado a malfadada expressão em uma discussão menor, vale salientar que ela se deu no contexto maior dos embates que travei pela denúncia, investigação e afastamento do ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal João Cláudio Derosso, os quais despertaram um clima de intensa animosidade por parte dos que assumiram a sua defesa, uns porque se beneficiavam dos desvios do esquema Derosso!, e outros simplesmente por acomodação e corporativismo.

Tentei, de todas as formas, que os vereadores aprovassem a instalação de Comissão Processante para apurar crime de responsabilidade por parte do ex-presidente da Câmara. Quando ficou claro que, dentro da Câmara de Vereadores nada prosperaria, apelei ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, tornei público documentos obtidos judicialmente pelo meu partido e, afinal, conseguimos desgastar o ex-vereador Derosso, até o ponto de inviabilizar a blindagem com a qual os seus parceiros sempre o protegeram.

à‰ nesse cenário que eu construí adversários que, desde então, vem tentando me intimidar e me dobrar, com maledicências, processos no Conselho de à‰tica e um dossiê grosseiramente falsificado tentando me imputar crimes eleitorais. Causa espécie que em nenhum momento tenhamos conseguido emplacar um processo sério contra os contratos de publicidade que fizeram evaporar R$ 30 milhões da Câmara de Vereadores. Mas um processo contra o uso da palavra gentalha! cumpre o rito e é devidamente concluído.

A garantia de manifestação livre e sem censura de qualquer opinião, ainda que eventualmente desagradáveis ou contundentes, constitui um dos pilares fundamentais da democracia. Cumpri o mandato de vereadora orientada por esse princípio. Agi e falei sempre movida pelo sentido de missão delegada pelo povo, e tenho a satisfação de tê-lo honrado sem me submeter jamais à s conveniências da politicagem miúda.

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