Estadão acusa o PT de ser “estatizante” por defender a Copel: se for praga que pegue!

O editoral publicado pelo Estadão a favor da privatização da estratégica Copel e outras empresas de energia do país, nesta quarta (5/7), além de criminosa vigarice, é uma fanfarrice mesclada com um fetiche neoliberal. Mas se essa reação petista à proposta lesa-pátria for uma maldição lançada pelo jornalão paulista, que pegue em todos nós paranaenses e brasileiros e tome conta das ruas!

O Blog do Esmael tem autoridade moral para defender a importância estratégica do setor de energia para o desenvolvimento e a geração de empregos, por isso este blogueiro [e nossa comunidade] é contrário à venda de ativos para satisfazer a especulação e obter um superávit primário para o pagamento da dívida.

Esta página plural e suprapartidária sempre fez uma forte denúncia de que os potenciais compradores da Companhia Paranense de Energia (Copel) poderão ser os bancos, que, após a privatização, fatalmente irão aumentar as tarifas dos consumidores residenciais e industriais, garantindo assim a remuneração de seus investimentos.

O editorial do Estadão afirma que a tentativa do PT de contestar judicialmente as privatizações da Copel e da Eletrobras é um ataque às decisões legislativas democráticas. No entanto, é essencial reconhecer que os processos democráticos vão além de uma votação por maioria simples no parlamento. O PT, como maior partido de esquerda na América Latina, tem o direito de buscar revisão judicial se acreditar que o processo de privatização viola princípios constitucionais ou prejudica o interesse nacional.

É preciso questionar os motivos por trás da pressa em privatizar a Copel e outras empresas estatais de energia. A importância estratégica da energia como insumo vital para o desenvolvimento e a criação de empregos não pode ser subestimada.

O governo do Paraná marcou o leilão para a venda da Copel para o dia 25 de julho, o que poderá resultar em desempregos em massa na companhia, segundo alertou o engenheiro eletricista Leandro Grassmann, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), em entrevista ao Podcast do Esmael (4/7).

Economia

Ao privatizar essas empresas, corremos o risco de colocar um setor tão crítico apenas nas mãos de ganaciosos banqueiros que podem priorizar ganhos de curto prazo em detrimento de interesses nacionais de longo prazo.

Em vez de satisfazer os interesses especulativos de alguns, devemos nos concentrar em manter e fortalecer nosso controle sobre os principais setores estratégicos, garantindo estabilidade e resiliência diante dos desafios econômicos globais.

Além disso, o argumento de que a privatização levará a melhores serviços e governança corporativa não é verdade no caso concreto da Copel, que detém serviço monopolizado e por isso pratica a menor tarifa e é a mais eficente empresa do setor no país.

A história tem mostrado que o setor privado às vezes pode priorizar a maximização do lucro em detrimento da qualidade, acessibilidade e acessibilidade para os consumidores. Não podemos esquecer os exemplos de privatizações no Brasil que trouxeram consequências negativas para os consumidores, como aumento de tarifas e redução da qualidade do serviço.

Os potenciais compradores dessas empresas de energia provavelmente serão bancos e instituições financeiras que procuram garantir retornos sobre seus investimentos e de seus fundos. Isso levanta preocupações de que seu objetivo principal seja aumentar as tarifas para consumidores residenciais e industriais, sobrecarregando o cidadão comum e prejudicando a competitividade das indústrias brasileiras. Não devemos permitir que os interesses das instituições financeiras prevaleçam sobre o bem-estar da população e o desenvolvimento econômico de longo prazo do país.

Na defesa da Copel, cabe destacar a atuação do presidente do PT no Paraná, deputado Arilson Chiorato, que vem defendendo ativamente a preservação do patrimônio público da empresa. Seus esforços demonstram um compromisso com a proteção dos interesses do povo e do Estado. Em vez de simplesmente aceitar a agenda de privatizações, devemos valorizar líderes como o deputado Chiorato, o ex-governador Roberto Requião e a deputada Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, que se dedicam a defender a participação popular em ativos vitais.

Destacamos ainda a importância de preservar a Copel e demais empresas do sistema energético públicos para garantir o bem-estar e o desenvolvimento de longo prazo do Paraná e da Nação. Devemos aprender com o tortuoso caminho da privatização no Brasil e reconhecer que vender nossos ativos nacionais nem sempre é a melhor solução. É dar um salto no escuro, rumo ao apagão.

Portanto, o editorial do Estadão não reconhece a importância estratégica de empresas de energia como a Copel e as possíveis consequências negativas de sua privatização. Devemos priorizar o interesse nacional [e do Paraná] sobre os ganhos especulativos e garantir que nosso setor de energia permaneça sob controle público para garantir serviços acessíveis e confiáveis ​​para todos os cidadãos.

Por fim, os esforços do PT para contestar o processo de privatizações são bem-vindos, e, se for uma praga do jornalão paulistano, que pegue em todos nós desenvolvimentistas que defendemos a soberania e o emprego.

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