Vem aí a Arena, uma opção partidária para Joaquim Barbosa disputar 2014

Cibele Baginski tenta refundar a Arena. Foto: Gabriel Lain.
Caso queira disputar a presidência da República em 2014, como se cogita pela imprensa nacional, o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), terá mais uma opção para filiação partidária. Vem aí a Arena (Aliança Renovadora Nacional), partido que ressurgir e que leva o mesmo nome da sigla que deu sustentação à  ditadura militar (1964-1985).

O novo partido, assumidamente de direita, prega em seu estatuto, dentre outras barbaridades, abolição de quaisquer sistemas de cotas raciais, de gênero ou condições ‘especiais’, a maioridade penal aos 16 anos e o retorno ao currículo escolar das disciplinas de Latim e Educação Moral e Cívica.

O registro da Arena está sendo pleiteado pela estudante do curso de direito Cibele Bumbel Baginski, de 22 anos, da cidade Caxias do Sul (RS).

As informações são da Folha.com. Leia a íntegra da matéria:

Estudante que tenta refundar a Arena publica estatuto no ‘Diário Oficial’

A estudante de direito Cibele Bumbel Baginski, 22, publicou nesta terça-feira (13) no “Diário Oficial da União” o estatuto da Arena (Aliança Renovadora Nacional), partido que tenta fundar e que leva o mesmo nome da sigla que deu sustentação à  ditadura militar (1964-1985).

Economia

A jovem assina o estatuto como presidente nacional do grupo.

A etapa é necessária para que o partido comece a coletar as cerca de 500 mil assinaturas exigidas para o registro na Justiça Eleitoral.

Com o registro, a legenda passa a poder disputar eleições e a ter direito a uma parcela do Fundo Partidário, mantido com recursos da União.

A parcela destinada a cada partido varia de acordo com sua votação para a Câmara dos Deputados na última eleição. Como exemplo, o PEN (Partido Ecológico da Nação) recebeu R$ 202 mil desde sua criação, em junho deste ano.

Questionada em agosto deste ano sobre a participação da Arena em crimes da ditadura, Baginski disse à  Folha que também houve “coisas boas” naquela época. “O partido faz política, elege representantes. O que esses representantes fizeram é outra coisa”, afirmou.

Entre as bandeiras defendidas pelo partido estão ações como “abolição de quaisquer sistemas de cotas raciais, de gênero ou condições ‘especiais'”, a maioridade penal aos 16 anos e o retorno ao currículo escolar das disciplinas de Latim e Educação Moral e Cívica — ensino imposto em 1969 e tirado do currículo em 1993.

O partido seria controlado por um “Conselho Ideológico”, instância “suprema” composta por cinco membros permanentes e vitalícios e quatro indicados por membros.

O texto diz que o grupo possui como ideologia o “conservadorismo, nacionalismo e tecno-progressismo, tendo para todos os efeitos a posição de direita no espectro político”.

Dois de seus objetivos são lutar “contra a comunização da sociedade e dos meios de produção além de outras práticas insidiosas ao pleno desenvolvimento e qualidade da sociedade brasileira” e “resguardar a soberania nacional, o regime democrático e o pluralismo político de toda forma de uniformidade de pensamento ou hegemonia política.”

“Em respeito à  convicções ideológicas de direita, não coligará com partidos que declaram em seu programa e estatuto a defesa do comunismo, bem como vertentes marxista.”

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