A bancada estadual do PMDB que faz parte da base de sustentação ao governo Beto Richa (PSDB), formada por doze deputados, espera tirar leite de pedra! depois do resultado eleitoral de 2012. Apenas Antonio Anibelli, o Anibelinho, jura que não reza pela cartilha neoliberal do tucano.
Explica-se. Há uma inquietude dentro do MDB Velho de Guerra. O senador Roberto Requião pensa em comandar a sigla a partir de dezembro. O ex-governador Orlando Pessuti também sonha em dirigir a agremiação. à‰ aí que os deputados encontram terreno fértil para barganhar com o governador Beto Richa.
Especula-se nos bastidores que Richa vai topar o leilão. O PMDB tem apenas uma secretaria, a do Trabalho, que é ocupada pelo deputado licenciado Luiz Cláudio Romanelli. Fala-se que os deputados peemedebistas vão exigir mais duas ou três secretarias para continuarem na base do governo. à‰ pegar ou largar na mão de Pessuti ou Requião. A ameaça é clara.
Em virtude de abertura de novos espaços no governo ao PMDB, a tendência é que Richa faça uma reforma no secretariado mais ampla que se imaginava inicialmente.
O governador tucano encontra-se fragilizado para a reeleição de 2014, pois perdeu nos dois maiores colégios eleitorais do Paraná, Curitiba e Londrina, e ficou refém de aliados em Cascavel, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Maringá. O PSDB paranaense não elegeu prefeito em cidade de grande porte.