Metalúrgicos aprovam proposta da GM de ‘congelamento’ de salários para manter emprego

Os trabalhadores da fábrica da GM de São José dos Campos (SP) aprovaram nesta quinta-feira (7) proposta feita pela empresa que inclui congelamento de salários em 2019 e a reposição de 60% da inflação em 2020. Segundo o sindicato, filiado à central CSP-Conlutas, a montadora se comprometeu a investir 5 bilhões na unidade.

A proposta da montadora para São José inclui reajuste zero nos salários em 2019. Para 2020, a GM propôs reposição de 60% da inflação em 12 meses medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) – em ambos os casos, portanto, os trabalhadores teriam perda real no rendimento. A reposição da inflação total só voltaria em 2021.

Para amenizar a falta de reajuste em 2019, os trabalhadores terão abono salarial de R$ 2,5 mil. Para 2020, já com a reposição parcial da inflação, o abono cairá para R$ 1,5 mil. Em 2021, com a reposição total, deixa de haver abono.

A proposta foi feita após seis rodadas de negociações com o sindicato dos metalúrgicos da cidade. A votação entre os trabalhadores ocorreu na tarde desta quinta-feira, 7, e, segundo o sindicato, reuniu quatro mil pessoas.

A GM ainda mantém negociações com os sindicatos das demais cidades onde mantém fábricas de carros, em São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS). A fábrica de São José, no entanto, era a que estava em situação mais delicada.

A assembleia começou por volta das 15h e reuniu cerca de 4 mil trabalhadores dos dois turnos da fábrica, com aprovação por ampla maioria. A votação foi conduzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CSP-Conlutas, que durante duas semanas negociou com a GM em seis reuniões.

Economia

*Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos