PT convoca ‘batalha’ contra ‘mentiras’

da Agência Estado

Preocupada com o impacto do julgamento do mensalão nas campanhas eleitorais, a cúpula do PT decidiu na segunda-feira (17) convocar os militantes para uma “batalha do tamanho do Brasil” em defesa do partido, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do legado dos governos petistas. Depois de uma reunião que durou o dia todo, a Executiva Nacional do PT divulgou nota na qual afirma que a “mobilização geral” da militância é condição fundamental para desfazer “mentiras”, reafirmar o projeto de poder do PT e vencer as eleições municipais.

O presidente do PT, Rui Falcão, saiu da reunião antes do almoço para encontrar Lula e só retornou três horas depois. O tom da nota divulgada pela direção do partido, no dia em que o Supremo Tribunal Federal começou a julgar o “núcleo político” do mensalão, passou pelo seu crivo. A presidente Dilma Rousseff também conversou por telefone com Lula, na segunda-feira (17) e no fim de semana.

Falcão não quis comentar o encontro, mas o jornal O Estado de S. Paulo apurou que Lula ficou muito irritado com notícia publicada na segunda-feira (17) na coluna do jornalista Ricardo Noblat, no jornal O Globo, informando que Marcos Valério, operador do mensalão, teria gravado um vídeo com denúncias capazes de “derrubar” seu governo, se ele estivesse no poder. Além disso, afirmações atribuídas a Marcos Valério pela revista Veja puxam Lula para o centro do escândalo como “chefe do mensalão”.

Apesar de dizer, em conversas reservadas, que o PT e ele são vítimas de “golpe baixo” dos adversários, Lula prefere manter o silêncio, sob o argumento de que qualquer declaração pode interferir tanto no julgamento no Supremo como nas principais campanhas do partido. A ordem vale para dirigentes, deputados e senadores, orientados por advogados a não comentar publicamente o processo. Diante desse cenário, a estratégia definida na segunda-feira (17) foi a de conclamar os militantes do PT para entrar na guerra.

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“A mobilização geral de nossa força militante é a condição fundamental para nosso sucesso nos dias 7 e 28 de outubro. Pois é a militância consciente quem desfaz as mentiras, demarca o campo, afirma nosso projeto, reúne nossas bases e alianças, construindo vitórias não apenas eleitorais, mas também políticas”, diz a nota aprovada pela Executiva do PT

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