Ontem à noite, a presidenta Dilma Rousseff (PT) não pôde aparecer no programa eleitoral gratuito do prefeito Luciano Ducci (PSB) por força de decisão judicial. A petista compareceu, no entanto, no programa de Gustavo Fruet (PDT) que tem o apoio oficial do PT.
O entra-e-sai da presidenta nos programas eleitorais é um capítulo à parte na intrincada disputa pela prefeitura da capital paranaense. Antes de tudo, trata-se de uma guerra de inteligência entre os marqueteiros e estrategistas das campanhas.
Fruet vinha relutando em usar a imagem de Dilma e de petistas na tevê, mas, em virtude da queda nas pesquisas de opinião, ao que parece, mudou de ideia nesta semana e ontem radicalizou de vez ao pronunciar pela primeira vez o nome da presidenta no horário eleitoral.
Se o pedetista, aliado do PT, titubeava em colocar a Dilma na tevê, o mesmo não ocorria com Ducci. O prefeito vinha descendo o sarrafo nos petistas pelo rádio e em materiais impressos, deixando Fruet na defensiva, mas, contraditoriamente, também aproveitava a imagem da presidenta no seu programa de tevê.
“A Dilma é nossa!”, reivindicou ontem à noite a campanha de Fruet no horário eleitoral, ao criticar as “duas caras” do prefeito Luciano Ducci.
No dia 31 de agosto, o blog cravou essa opinião: “Só o PT pode salvar Gustavo Fruet em Curitiba”.
Agora, a pergunta que se faz na frente política é a seguinte: Ainda há tempo de Gustavo Fruet reverter a desvantagem como esse apoio tardio?
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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