A possibilidade de uma candidatura própria do Partido dos Trabalhadores (PT) em Curitiba tem sido alvo de análises minuciosas. O presidente da Federação Brasil Esperança, Elton Barz, compartilhou detalhes exclusivos ao Blog do Esmael, oferecendo uma perspectiva única sobre como as candidaturas serão decididas nas eleições muncipais de 2024.
Barz esclarece que, segundo o estatuto da Federação Brasil Esperança, a decisão por uma candidatura própria em uma cidade requer “consenso” entre os três partidos (PT, PCdoB e PV). Essa palavra “consenso” não deve ser subestimada, pois, sem ela, o caminho leva aos recônditos das instâncias superiores da federação, culminando nas esferas estadual e nacional.
O presidente do PCdoB, Elton Barz, já antecipou a posição do partido ao apoiar a Frente Ampla – agremiação que ele também preside. Aqui, é vital compreender que a Frente Ampla representa um alinhamento estratégico entre PT, PCdoB e PV. A decisão do PCdoB é clara, sinalizando uma unidade que se estende além das fronteiras municipais.
Mesmo diante da hipótese remota de mais um dos partidos de Curitiba apoiar a candidatura própria do PT, Barz alerta que essa decisão não é unilateral. Ela inevitavelmente enfrentará um processo de recurso, ascendendo à esfera estadual da federação. Aqui, os três presidentes, de forma uníssona, já manifestam apoio à Frente Ampla, solidificando uma frente única para as eleições vindouras.
Num cenário ainda mais improvável de dissenso entre os partidos coligados no estado, Barz delineia um percurso de recurso que atinge a direção nacional da federação, presidida pela ministra Luciana Santos (PCdoB). Com uma equipe dirigente que inclui Gleisi Hoffmann (PT) e José Penna (PV), a política da Frente Ampla emerge como estratégica para fortalecer o palanque do presidente Lula na reeleição de 2026.
Diante de todas essas nuances expostas por Elton Barz, conclui-se que a plenária de hoje pela candidatura própria do PT em Curitiba pode se mostrar inócua. A análise meticulosa dos trâmites estatutários e alinhamentos políticos, feita pelo dirigente da federação e do PCdoB, revela a complexidade do cenário, sugerindo que, mesmo na eventualidade de uma defecção local, a Frente Ampla permanece como a opção estratégica consensual nos âmbitos estadual e nacional.
Portanto, a ala petista que defende a candidatura própria pode estar defendendo uma proposta natimorta no PT para as eleições de outubro. A conferir.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Eu me filiei ao PT para combater esse tipo de gente (Ducci) e não para me aliar a ele!
Ass.: Futuro ex militante do PT se o Ducci for nosso candidato!