A semana começou nervosa em Maringá, Noroeste do Paraná, onde o candidato apoiado pelo condomínio comandado por Ricardo Barros, ex-vice-líder de Lula no Congresso, patina na Justiça. Ontem foi publicada decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Tribunal Superior Eleitoral, negando recurso apresentado pela coligação A mudança continua! e mantendo indeferido o registro da candidatura a prefeito de Carlos Roberto Pupin (PP).
Pupin, candidato do condomínio, está pendurado no TSE porque prevaleceu a tese de que ele disputa o terceiro mandato, já que assumiu como prefeito no período de seis meses que antecede as eleições de 2008 e 2012.
Dito isto, o condomínio Barros vem prestando atenção nas dificuldades de Pupin nos tribunais e inicia um movimento que enxerga com bons olhos! a candidatura do petista Enio Verri, que lidera as pesquisas de opinião.
Alquimistas dos dois lados !“ dos Barros e do PT !“ conjecturam sobre a possibilidade de, em caso da candidatura de Pupin for barrada pelo TSE, não substituir o contendor. Isto, acreditam, daria a vitória a Verri já no primeiro turno.
E, daí, o que ganharia o condomínio Barros em troca? Simples. O atual prefeito, Silvio Barros II, irmão de Ricardo, seria alçado à condição de vice na chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, na disputa pelo Palácio Iguaçu em 2014.
Nessa engenharia toda, Ricardo Barros, que não desfruta de tanta simpatia no governo Beto Richa, tentaria voltar à Câmara Federal numa composição com os petistas.
Se a tese dos alquimistas maringaenses estiver certa, Ricardo Barros fará jus ao apelido de Leitão Vesgo! que ganhou do senador Roberto Requião . Segundo o peemedebista, o político do PP mama numa teta de olho em outra.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.