Vereador de Maringá pede licença e é denunciado na Lei Maria da Penha

por Murilo Gatti, via O Diário

No mês passado, vereador Wellington Andrade (PRP) foi baleado durante assalto.
Os vereadores de Maringá aprovaram licença de 123 dias para o vereador Wellington Andrade (PRP). Segundo justificativa apresentada à  Câmara Municipal, ele solicitou 120 dias para tratar de assuntos de interesse particular e mais três dias para tratamento médico.

O pedido foi feito no mesmo dia em que Andrade foi denunciado na Polícia Civil por agressão à  ex-companheira, de 22 anos. No registro da ocorrência, a vítima relatou que na noite de ontem o vereador ligou fazendo ameaças. “Eu vou te matar, vou por fogo na sua casa, por fogo em seu carro”, contou a vítima aos policiais.

A vítima compareceu à  delegacia acompanhada de dois guardas municipais na tarde desta terça-feira. Ela também contou que já teria apanhado dezenas de vezes, sempre com muita violência pelo vereador. No boletim de ocorrência consta que “ele a chutou na cabeça, deu um monte de soco em sua cabeça, bateu com a pistola em sua cabeça e havia cortado a sua cabeça, (quase sempre) na frente da filha do casal, de 2 anos”.

Segundo a vítima, o vereador também já teria efetuado um disparo de arma de fogo dentro de casa, com o intuito de ameaçá-la e já teria usado uma faca de açougue com o mesmo fim. O caso vai ser investigado pela Delegacia da Mulher de Maringá e vai ser enquadrado na Lei Maria da Penha.

O vereador foi procurado, mas não foi localizado. No gabinete dele na Câmara, a informação é de que ele está com os celulares desligados e que não teria como encontrar Andrade. Os assessores do vereador afirmaram que dariam o recado, mas até o fechamento da reportagem não houve retorno.

Economia

No último dia 27 de abril, Andrade foi alvo de disparos de arma de fogo em tentativa de assalto, próximo ao prédio da Câmara Municipal.

Schiavone

Em relação à  licença na Câmara, o tempo solicitado por Andrade garante que o suplente assuma a vaga. Se o vereador se afastasse por até 120 dias, a cadeira ficaria vaga. A licença de Andrade, que não compareceu à  Câmara, foi aprovada no começo da sessão.

Logo em seguida, Tom Schiavone (PRP), primeiro suplente do partido foi empossado e pode participar do restante da reunião do Poder Legislativo. A mesma estratégia já havia sido adotada pelo partido em 2010, quando Schiavone também assumiu a vaga pelo mesmo período de 123 dias.

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