Itamaraty começa a digitalizar arquivo do Rio e de Brasília

da Folha.com

O Itamaraty vai iniciar a digitalização do seu arquivo de 80 milhões de documentos, distribuídos entre o Rio e Brasília. O material será gradualmente posto à  disposição do público na internet, a partir do segundo semestre.

Do Arquivo Histórico, no Rio, que guarda a documentação até 1959, serão digitalizados primeiro os cerca de 30 mil itens do acervo de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o barão do Rio Branco.

Chanceler de 1902 a 1912, o barão é considerado o patrono da diplomacia nacional.

Em Brasília, a digitalização começará pela correspondência da missão brasileira na ONU, informa o diplomata João Pedro Costa, diretor do Departamento de Comunicações e
Documentação.

Costa disse que a iniciativa foi consequência da nova Lei de Acesso à  Informação.

Economia

A digitalização, no entanto, poderá demorar anos para ser completada.

Não tanto pelo custo, de R$ 1 por página, mas porque a documentação será reorganizada para ser colocada para acesso na internet.

Hoje, telegramas que já têm cópia digital (os enviados a partir de 1994) convivem com milhões de mensagens só disponíveis em papel.

Em tese, todo o arquivo diplomático anterior a 1959 já estava liberado à  consulta.

No entanto, na transferência do Itamaraty para Brasília foram levados telegramas secretos anteriores à quele ano, que deverão ser devolvidos ao arquivo no Rio.

A liberação na internet seguirá os prazos previstos na nova lei: 25 anos para os papéis classificados como ultrassecretos, com a possibilidade de uma renovação; 15 para os secretos e 5 anos para os reservados.

Os telegramas confidenciais –categoria excluída da nova lei– foram reenquadrados como secretos, mas, segundo Costa, serão examinados um a um e poderão ser liberados antes de 15 anos.

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