PIB argentino cresceu 12,8% no terceiro trimestre; Bolsonaro fica com ciúmes de los hermanos

O Produto Interno Bruto (PIB) argentino recuperou 12,8% no terceiro trimestre ante o trimestre anterior, mas registrou contração de 10,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) divulgados nesta quarta-feira (16).

A ligeira recuperação da economia no país vizinho deixou o presidente Jair Bolsonaro com ciúmes de los hermanos. No Brasil, o PIB acumula média negativa de -5,0% no ano de 2020 enquanto mídia corporativa frauda números.

Os dados da economia argentina fazem parte da situação derivada da crise sanitária do coronavírus, que afetou significativamente o país governado por Alberto Fernández tanto na saúde quanto na economia.

Entre janeiro e setembro, o PIB argentino caiu 11,8% em relação ao ano anterior. As projeções da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL) para a economia argentina neste ano apontam para uma contração de 10,5%.

Os dados divulgados nesta quarta-feira representam a continuação de uma recessão que o país arrasta desde o terceiro trimestre de 2019.

A queda ano a ano é uma leitura melhor do que no trimestre anterior, quando a economia sul-americana caiu 19,1% em relação a 2019.

Economia

Dos 16 setores analisados ​​pelo Indec, 14 registraram queda da atividade no terceiro trimestre, valor negativo que, no entanto, melhora em relação ao segundo trimestre, quando todos os setores registraram decréscimos na atividade.

Setoriais, os que mais contraíram em relação a 2019 foram hotéis e restaurantes (-61,5%), comunidade, atividades de serviços sociais e pessoais (-53,8%), transportes e telecomunicações (-21, 7%) e atividades domésticas em domicílios particulares (-16,8%).

Em comparação com o segundo trimestre, as atividades de hotelaria e restauração melhoraram quase 12 pontos percentuais, enquanto as atividades de serviços comunitários, sociais e pessoais melhoraram 13,9 pontos percentuais.

Em contraste, os setores de eletricidade, gás e água (2,3%) e intermediação financeira (4,6%) registraram acréscimos em relação a 2019.

Na comparação anual, o consumo privado contraiu 14,7%, enquanto a formação bruta de capital fixo caiu 10,3%. Por sua vez, as exportações e as importações sofreram quedas de 17% e 22%, respectivamente.

Na variação trimestral, os dados revelaram um comportamento completamente distinto, visto que o consumo privado cresceu 10,2%, a formação bruta de capital fixo aumentou para 42,9% e as importações subiram 10,9%. Apenas as exportações tiveram desempenho negativo, recuando 1,4%.

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