Mulheres afegãs proibidas pelo Talibã de frequentar salão de beleza a partir de 27 de julho

Os últimos dias trouxeram à tona preocupações e indignação em todo o mundo devido às novas restrições impostas às mulheres afegãs sob o regime do Talibã. O fechamento obrigatório dos salões de beleza no país a partir de 27 de julho é apenas uma das medidas que privam as mulheres afegãs de serviços essenciais e impõem limitações ainda maiores em suas vidas diárias.

Esse retrocesso representa um desafio significativo à liberdade e aos direitos das mulheres, minando sua autonomia e independência financeira.

A negação do acesso aos salões de beleza não é apenas uma questão superficial. Para muitas mulheres afegãs, essas salas representavam uma fonte vital de renda, permitindo que elas sustentassem suas famílias.

O fechamento desses estabelecimentos não apenas priva as mulheres do direito de cuidarem de si mesmas e se sentirem confiantes, mas também restringe sua capacidade de prover o sustento básico para suas famílias. Essa medida é especialmente preocupante para mulheres que são chefes de família ou que têm dependentes financeiros [arrimo de família].

As restrições impostas pelo Talibã já limitavam severamente os direitos das mulheres afegãs, que passavam a maior parte de suas vidas confinadas dentro de suas casas. Agora, essa nova restrição amplia ainda mais as limitações que essas mulheres enfrentam em seu cotidiano.

Além de afetar sua capacidade de trabalho e estudo fora de casa, as restrições também envolvem a proibição de banhos em locais públicos, a restrição de acesso a parques e academias, além da obrigação de usar roupas escuras e cobrir seus rostos.

Economia

Entrevistas realizadas com proprietárias de salões de beleza revelam a angústia e a incompreensão diante dessa medida. Muitas delas destacaram que já cumpriam as diretrizes de vestimenta estabelecidas pelo Talibã ao usarem maquiagem e trajes que atendiam às exigências culturais.

Elas ressaltaram que as restrições não apenas prejudicam seus meios de subsistência, mas também representam uma violação de seus direitos e liberdades como mulheres afegãs.

Além disso, expressaram sua preocupação com a falta de lógica por trás dessa decisão, que não considera os impactos socioeconômicos negativos para suas famílias.

Essas restrições impostas às mulheres afegãs são um retrocesso alarmante em relação aos avanços conquistados nas últimas décadas.

A negação do acesso aos salões de beleza é apenas mais um exemplo da violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres no Afeganistão.

Diante desse cenário, é crucial que a comunidade internacional esteja vigilante e exerça pressão sobre o Talibã para garantir os direitos e a liberdade das mulheres afegãs, bem como alcançar a igualdade e construção de um futuro onde elas possam viver plenamente.

O Afenagistão fica na Ásia e tem cerca de 41 milhões de habitantes, portanto, estima-se cerca de 20 milhões de mulheres no país.

LEIA TAMBÉM

2 Respostas para “Mulheres afegãs proibidas pelo Talibã de frequentar salão de beleza a partir de 27 de julho”

  1. Acontece que os afegãos realmente não quiseram lutar contra o Talibã, mesmo o exército afegão sendo armado e treinado pelos Estados Unidos.
    Sendo assim o Afeganistão deveria ser colonizado por várias potências para todas elas aniquilarem juntas o Talibã, assim como os aliados fizeram com os nazistas.

Deixe um comentário