Para atrair o PMDB, tucanos ensaiam devolver! Maurício Requião ao TCE

Maurício Requião. Foto: Denis Ferreira Netto.
Política é a arte de colocar o macaco na água e o peixe no galho, dizem as raposas do rabo felpudo.

Veja essa, caro leitor, se não é de arrepiar qualquer cristão em plena Quaresma.

Corre no Centro Cívico que está em curso uma operação comandada por tucanos de alto coturno para devolver! ao ex-secretário da Educação, Maurício Requião, a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O plano consistiria em aprovar novamente na Assembleia Legislativa do Paraná a indicação do ex-secretário na vaga do conselheiro Hermas Brandão, que será o segundo a se aposentar compulsoriamente ainda neste ano. O primeiro a vestir o pijama será Heinz Herwig, cuja vaga já está prometida e carimbada para o chefe da Casa Civil, Durval Amaral.

A ideia dos tucanos é limpar a área para a reeleição do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB). Traduzindo: o Palácio Iguaçu enxerga a candidatura do ex-prefeito Rafael Greca (PMDB) com potencial de fazer estragos irreparáveis ao projeto continuísta na capital.

Além de retirar Greca da disputa, a manobra também garantiria a vice de Ducci aos peemedebistas. Um dos entusiastas da tese é o deputado estadual Reinold Stephanes, que não esconde de ninguém que sonha com a vaga de vice.

Economia

O diabo é que a estratégia não empolga os mais interessados: os próprios Requião. O deputado federal João Arruda, por exemplo, secretário-geral do PMDB, disse que não hipótese de acordo. Segundo ele, apoiado em pesquisas internas, a candidatura de Greca será mantida e é a que tem maior possibilidade de crescimento!.

De fato há essa movimentação nos bastidores, mas não cairemos nessa. Se o governo de Richa atacou e cassou a vaga de Maurício Requião, as aposentadorias dos ex-governadores, por que raios agora voltaria atrás da maldade que fez?!, questiona o sobrinho de Requião, ao confirmar a existência da operação palaciana.

Vale lembrar que Maurício Requião foi defenestrado do TCE pela base aliada do governador Beto Richa na Assembleia, em 2011, e a vaga de conselheiro caiu no colo do ex-procurador do Estado, Ivan Bonilha, o famoso “Censurinha”.

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