Ameaçada, testemunha de caixa 2 tucano terá proteção policial no Paraná

Fac-símile do Termo de Audiência em que foi pedido proteção à testemunha.
O ex-servidor público Rodrigo Oriente, um dos pivôs e uma das principais testemunhas de denúncias de caixa 2 na campanha de reeleição de Beto Richa (PSDB) e Luciano Ducci (PSB), nas eleições de 2008, receberá proteção policial.

Hoje, Richa é governador do Paraná e Ducci (que era vice) agora é o prefeito de Curitiba.

O pedido de proteção a Oriente foi requisitado pelo juiz Telmo Zaions Zainko, da 1!ª Zona Eleitoral de Curitiba, que registrou o fato no Termo de Audiência! da última segunda-feira (12).

De acordo com Boletim de Ocorrência registrado no 9!º Distrito Policial, que motivou o pedido de proteção policial, Rodrigo Oriente foi abordado por motoqueiros que lhe deram uma coronhada na cabeça. Pediram para que ele não comparecesse no depoimento sobre o caixa 2 tucano sob pena de se machucar!.

Na verdade, o agredido !“ que é testemunha-chave no caso !“ ainda não havia sido convocado para depor. Mas o recado foi dado a ele.

Sobre o Comitê Lealdade

Economia

Em 2008, quando Richa disputou a reeleição à  Prefeitura de Curitiba, o PRTB decidiu apoiar Fabio Camargo (PTB). De uma hora para outra, 23 candidatos a vereador do partido desistiram da candidatura, anunciaram uma inusitada dissidência e organizaram a fundação de um comitê em apoio a Richa.

Soube-se, meses depois, que a adesão foi paga com Caixa 2!³ (dinheiro não declarado à  Justiça Eleitoral) e cargos na gestão municipal. O chefe do esquema era Alexandre Gardolinski, que foi pessoalmente indicado por Richa e se responsabilizou pelos pagamentos !” em espécie.

O Comitê Lealdade parecia funcionar como fachada.

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