via O Estado do Paraná
Depois do caso de João Cláudio Derosso (PSDB), que empregou Renata Queiroz, irmã de sua mulher, Cláudia Queiroz Guedes e alegou que como não é casado no papel não via problemas na contratação, mais uma denúncia semelhante de nepotismo chega ao Conselho de à‰tica da Câmara Municipal de Curitiba.
O vereador Odilon Volkmann (PSDB) foi denunciado por um cidadão por manter, até agosto deste ano, a funcionária Emília Rocha em seu gabinete. Segundo a denúncia, Rocha seria mulher do vereador, sem registro civil. Volkmann confirmou o relacionamento com a ex-funcionária, mas disse que, a partir do momento em que o namoro ficou sério, decidiu exonerá-la.
Emília Rocha trabalhou no gabinete de Volkmann desde sua posse até o dia 1!º de agosto deste ano, quando foi exonerada. Neste ano, ela ocupou cargo de assessora técnica parlamentar CC-5, com remuneração de R$ 7290,54 líquido.
Ela era funcionária do meu mercado. Me ajudou muito na campanha e a nomeei em um cargo no meu gabinete. Começamos um namoro quando ela já era funcionária da Câmara. Mas, exatamente por porque esse namoro ficou sério, decidi exonerá-la!, disse o vereador, que informou já ter dado essas mesmas explicações, inclusive com a apresentação de documentos!, ao Ministério Público do Estado, que recebeu denúncia semelhante do mesmo cidadão. à‰ jogo política, coisas de adversários aqui no meu bairro (Sítio Cercado), mas vou provar, novamente, que estou correto e processar essa pessoa por calúnia e danos morais!, disse.
O vereador não quis comentar a situação de Derosso. Cada caso é um caso. Mas penso que torna-se nepotismo quando a pessoa, mesmo que sem um documento, tenha o mesmo endereço, ou patrimônio em comum, o que não é meu caso. Mesmo assim eu preferi exonera-la!, disse. Eu sou divorciado, ela é solteira e não tem mais nenhum vínculo com a Câmara. Ninguém tem o direito de se meter em nossa vida pessoal!, concluiu.
A denúncia contra Volkmann está na pauta da próxima quarta-feira do Conselho de à‰tica. Segundo o presidente do Conselho, Francisco Garcez (PSDB), por se tratar de uma denúncia de cidadão, o caso será encaminhado para a Corregedoria da Câmara, que decide se aceita ou não a denúncia, colocando o Conselho para analisar o caso.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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