Espanha: Cerca de um terço de eleitores troca a direita pela direita

via portal Vermelho

Com as primeiras divulgações dos resultados eleitorais de hoje na Espanha, o direitista Partido Popular (PP) deverá governar o país com uma inédita maioria absoluta, de 186 mandatos num total de 350 do Congresso de Deputados, órgão que terá mais três partidos que na legislatura anterior.

Até as 20 horas (de Brasília), haviam sido contabilizados 89,64% dos votos, e o resultado representa a maior vitória da história na democracia burguesa espanhola do direitista PP e, consequentemente, a maior derrota do seu principal rival, o pseudo-socialista PSOE.

O tempo ruim atrasou a abertura de algumas seções eleitorais na Espanha, que realiza eleições gerais hoje. Uma seção no sul do país teve de ser realocada por causa de enchentes, disse o porta-voz do escritório eleitoral, Felix Monteira. Segundo ele, o comparecimento à s urnas era menor que durante a eleição de 2008 no país.

O Ministério do Interior da Espanha informou na tarde deste domingo (20) que o comparecimento até 14 horas (16 horas em Brasília) era de 37,87%, 2,5 pontos inferior ao registrado no mesmo momento nas eleições de 2008, segundo o site do jornal El País.

Os espanhois, profundamente insatisfeitos com o governo neoliberal de José Zapatero, votaram no direitista Partido Popular, que fora escorraçado do poder após a invasão do Iraque, apoiada pela Espanha, em 2003. à‰ como substituir 12 por uma dúzia, de coloração diferente.

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“Eu estou pronto para o que os espanhóis quiserem”, afirmou o líder do Partido Popular, Mariano Rajoy, que venceu com folga a disputa.

O parlamento local agora vai ser dominado pela ala mais à  direita da política local, cuja regulamentação eleitoral favorece os dois grandes partidos nacionais, o direitista PP e o neodireitista PSOE.

Alfredo Perez Rubalcaba, candidato do PSOE, implorava na manhã de domingo aos partidários da sigla que não deixassem o baixo comparecimento reduzir as suas “chances”.

“Os próximos quatro anos serão muito importantes para nosso futuro”, lembrou. “As grandes decisões devem ser tomadas pelos cidadãos, por isso é importante votar”, pediu, passando um pouco distante do discurso neo-liberal que o partido adotou nas últimas duas décadas, justamente para não perder tantos votos.

Com agências

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