Artigo de Altamiro Borges: Veja e Istoà‰ bombardeiam Carlos Lupi

por Altamiro Borges, no Blog do Miro

A mídia hegemônica é cruel. Ela não dá trégua. Seu jornalismo investigativo! mais parece com sessões de tortura. Antes mesmo da apuração rigorosa dos fatos, a mídia já condenou e promoveu o linchamento. No caso do ministro Carlos Lupi, do Trabalho, a artilharia pesada foi reforçada neste final de semana por duas revistonas !“ a murdochiana Veja e a mercenária Istoà‰.

Veja mira num jatinho

A primeira revela que Lupi voou num jato particular alugado por um empresário beneficiado por convênios com o Ministério do Trabalho. O episódio teria ocorrido em dezembro de 2009. No jato King-Air, de prefixo PT-ONJ, o pedetista teve a companhia do ex-governador do Maranhão, Jacson Lago, já falecido, e do então secretário de Políticas Públicas de Emprego, Ezequiel Souza.

Também participou da visita a sete municípios maranhenses o empresário gaúcho Adair Meira. Segundo a Veja, ele não é filiado ao PDT, mas comanda uma rede de ONGs que têm contratos milionários com o Ministério do Trabalho!. A matéria editorializada conclui, então, que o caso confirma a existência daquelas clássicas confraternizações entre interesses públicos e privados, cuja despesa acaba sempre pendurada na conta do contribuinte!.

A escandalização seletiva

Economia

A denúncia da sinistra publicação da famiglia Civita deve ser apurada !“ a exemplo de todas as denúncias sobre corrupção. Mas os fatos apresentados ainda não justificam tanto escarcéu. Vôos de mandatários em jatinhos particulares são comuns !“ mesmo que imorais. Até grãos-tucanos evitam explorar este tema, temendo que os seus nomes também surjam em algum reporcagem!.

Será que nenhum demotucano nunca viajou em jatos alugados pelo Grupo Abril? Na eleição 2002, por exemplo, um dos quartéis-generais de José Serra foi na sede central deste império midiático em São Paulo. As relações da famiglia Civita com o tucanato são conhecidas. Será que há algum tipo de privilégio, de mensalão!, nos contratos de publicidade com o governo estadual?

Istoà‰ criminaliza o sindicalismo

Já a revista Istoà‰ trouxe na edição desta semana uma longa reportagem sobre os convênios do ministério com a Força Sindical. No episódio do linchamento do ministro Orlando Silva, do Esporte, a central preferiu se omitir !“ alguns de seus dirigentes até fizeram coro com a mídia. Agora, a Força Sindical é a bola da vez, o que comprova que ninguém está imune ao denuncismo midiático.

Segundo a publicação, conhecida por sua história mercenária, uma acusação pesada bate à s portas do gabinete do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Além das denúncias envolvendo o desvio de dinheiro público por meio de ONGs, agora o seu gabinete é acusado de extorquir sindicatos para desviar recursos do imposto sindical à  central controlada pelo PDT e por assessores de Lupi!.

Dois objetivos sinistros

A reportagem é baseada nas denúncias do presidente do Sindicato de Trabalhadores em Bares e Restaurantes da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira, João Carlos Cortez. Sem apresentar qualquer prova concreta, ele garante que existe um esquema de venda de cartas sindicais montado no Ministério do Trabalho, que é operado por pessoas ligadas diretamente ao ministro!.

A mídia hegemônica nunca tolerou duas iniciativas do ex-presidente Lula favoráveis ao sindicalismo. A primeira, histórica, garantiu a legalização das centrais sindicais. A segunda viabilizou o custeio destas entidades através dos recursos da contribuição sindical. Além de alvejar o ministro Lupi, a reporcagem! da Istoà‰ visa criminalizar o sindicalismo, asfixiando-o financeiramente.

Divisão e passividade. Até quando?

à‰ difícil saber qual será o futuro do ministro Carlos Lupi diante de ataques tão persistentes e destrutivos. Os calunistas! da mídia apostam, numa loteria macabra, que ele já caiu!. Ironizam a sua declaração de amor à  Dilma! e a sua retórica de resistência.

Também é difícil saber até quando os movimentos sociais, em especial o sindicalismo, continuarão divididos e passivos diante da ditadura midiática

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