Bancada estadual do PMDB ruma para o rompimento com Beto Richa

Como era previsto, não durou muito o “casamento” da bancada estadual do PMDB com o governo neoliberal de Beto Richa (PSDB). A relação entre peemedebistas e tucanos já vinha dando sinais de esgarçamento na Assembleia Legislativa do Paraná.

Os deputados do PMDB imaginavam que, aderindo ao governo do PSDB, teriam o mesmo tratamento vip dos parlamentares amigos de Richa. Enganaram-se. A ofensiva contra os prefeitos da base peemedebista continuou e os privilégios ficaram restritos aos governistas com DNA demotucano.

Coube ao deputado Caíto Quintana, líder do PMDB, colocar o guizo no gato. Ou melhor, veio a público ontem dizer que o partido pode até votar com os governistas na Assembleia, mas nas eleições de 2012 marchará com o PT de Gleisi Hoffmann – candidata ao governo do estado em 2014.

Objetivamente, o líder peemedebista reorientou a bancada para uma posição de “independência” sem dizê-lo textualmente. Mas para um bom entendedor, meia palavra basta…

à‰ bom observar que os petistas vinham monitorando com especial interesse a relação natimorta entre PMDB e PSDB. A tropa de Gleisi resolveu agir faz duas semanas para tirar do constrangedor colinho tucano os deputados peemedebistas.

Economia

Nesses quase dois meses que esteve tucana, a bancada estadual do PMDB sofreu toda a espécie de bullying das próprias bases políticas. No balanço final, mais perdeu do que ganhou na aliança com históricos adversários. No interior do estado, em algumas regiões, a adesão “emedebista” ao PSDB é equivalente à  adesão ao “arenismo” de direita dos anos 80.

Resumo da ópera: a bancada estadual do PMDB ruma para o rompimento com o governo neoliberal de Beto Richa e o senador Roberto Requião tinha razão sobre a desastrosa adesão.

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