Trabalhadores dos Correios podem entrar em greve nesta quarta

Os trabalhadores dos Correios no Paraná podem iniciar greve na quarta-feira, dia 14. Em assembleias estaduais, na noite de amanhã (13), a partir das 19 horas, a categoria deve aprovar a paralisação por tempo indeterminado.

Com indicativo de greve aprovado desde o último dia 23 de agosto, os funcionários paranaenses devem seguir a orientação do Comando de Mobilização Nacional e iniciar a greve nas atividades operacionais a partir da zero hora de quarta-feira.

Como não houve avanço na negociação com a empresa, os trabalhadores continuam rejeitando a proposta de reajuste salarial da empresa de 6,87%. Além do índice apresentado não repor a inflação do período, entre agosto de 2010 e julho de 2011, que é de 7,16%, ele também seria aplicado na base de reajuste dos benefícios da categoria, o que aumentaria o vale-alimentação, por exemplo, em apenas R$ 1,50, passando para R$ 24,50.

Os trabalhadores cobram o cumprimento da pauta de reivindicações que exige a contratação de mais funcionários; melhores condições de trabalho; piso salarial de R$ 1.635,00; o pagamento das perdas salariais de 24,76%, acumuladas entre 1994 a 2010; vale-alimentação de 30 reais; e a redução da jornada dos atendentes para 06 horas.

O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) aguarda mais de mil trabalhadores nos seis locais das assembleias. Além de Curitiba, os funcionários se reúnem em Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Decretada a greve, o movimento deve começar com adesão de cerca de 70% dos trabalhadores da área operacional dos Correios, o que inclui os atendentes, carteiros e operadores de triagem e transbordo.

O movimento também é uma resposta à  aprovação no Congresso da Medida Provisória 532, que transforma a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Sociedade Anônima (S/A). Na avaliação dos trabalhadores, os Correios do Brasil S/A, nome com o qual a ECT passará a ser chamada, abre caminho para as terceirizações dos serviços e à  privatização da empresa.

Economia

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