Sem apoio, ong cancela 1!ª Parada do Orgulho Gay de Londrina

via O Diário

Parada Gay em Curitiba.
Os organizadores da 1!ª Parada do Orgulho Gay de Londrina cancelaram o evento, que estava programado para o dia 4 de setembro. Em comunicado à  imprensa, a ong Associação de Defesa, Apoio e Cidadania LGBT de Londrina (Asdaci) informou que a decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira (24) por conta da nota divulgada na tarde desta terça-feira (23) pela Prefeitura de Londrina, em que colocavam barreiras para que o manifesto não acontecesse.

O evento estava marcado para acontecer dentro de dois domingos na Avenida Leste-Oeste, percorrendo em toda a sua extensão, desde o Jardim Shangri-la A até o Terminal Rodoviário de Londrina. Carros de som e trios elétricos estavam programados para animar todo o percurso.

De acordo com o comunicado da Asdaci, a entidade já possuia a maior parte das autorizações deferidas pelos órgãos públicos e que foram revogadas na última sexta-feira (19). Por conta da nota divulgada pelo município, os diretores da ong realizaram uma reunião onde resolveram adotar essa medida, uma vez que o prazo para a elaboração dos documentos necessários para a realização do manifesto no Autódromo Internacional Ayrton Senna, como proposto pela prefeitura, é longo e que faltariam apenas 10 dias para a realização do manifesto.

Outro motivo alegado pela ong para esta decisão foi o cancelamento do contrato de vários apoios que a organização havia conseguido, após a publicação da nota da prefeitura. Com isso, contratos foram cancelados porque o evento perdeu “credibilidade sem o apoio da prefeitura”.

A Asdaci entende que o manifesto é um direito constitucional, mas que deve ter o apio da prefeitura para que a organização do evento tenha um respaldo público. Além disso, a presidente da ong, Bruna Marqueziny, afirmou no comunicado que a organização do evento também vem sofrendo diversas ameaças para não realizar o manifesto. E que por conta disso, a ong iniciará uma luta intensa pelos direitos dos homossexuais, cobrando dos vereadores leis municipais voltadas para o público LGBT.

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“Estamos de luto. E pedimos a compreensão de todos aqueles que acreditaram em nós. A nossa decisão visa a segurança de todos, uma vez que fomos diversas vezes ameaçados. Sem o apoio da prefeitura, sentimos uma fragilidade em realizar o manifesto e no acontecimento de algum imprevisto, sermos acusados de realizar um manifesto sem o apoio público”, afirmou Bruna Marqueziny.