Assédio à  base coloca em risco casamento da bancada peemedebista com Beto Richa

Beti Pavin.
“Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.” (Vinicius de Morais – Soneto da Fidelidade)

Começou mal, muito mal, o casamento entre tucanos e peemedebistas no Paraná. Há quem já fale em divórcio em menos de uma semana de núpcias. O foco da desilusão amorosa é o assédio de deputados do PSDB em cima da base do PMDB. Mais precisamente em Colombo, município da região metropolitana de Curitiba.

Eu explico melhor este imbróglio.

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni, e o líder do governo na Casa, Ademar Traiano, cooptaram a ex-deputada Beti Pavin para o ninho tucano. Deixaram os deputados do PMDB chupando dedo.

Rossoni, que não é bobo, transferiu o título para Curitiba e agasalhou Beti sob suas asas. Na disputa também tem Mauro Moraes (PSDB), que quer avançar em Colombo.

O PMDB colombense ainda permanece na órbita de Beti Pavin, ou seja, transformou da noite para o dia em sublegenda do PSDB.

Economia

O diabo é que no mês passado a executiva estadual peemedebista aprovou uma resolução determinando que o político que trocasse de partido perderia o comando da legenda. Mais objetivamente, Beti, candidata à  prefeitura, não poderá contar com o apoio do PMDB em 2012.

Esta é primeira prova de fogo para o recente casamento entre tucanos e peemedebistas. Existem outros casos de desconfiança no relacionamento em vários municípios.

A fome dos tucanos pelas bases aliadas não se esgotam no PMDB. Os parlamentares do PSDB querem abocanhar também as lideranças do PSC e PPS. Em Paranaguá, o partido do voto limpo perdeu Alceu Maron e os tucanos partiram para cima do presidente da Câmara de Almirante Tamandaré, do PSC.

O município de Colombo é o oitavo colégio eleitoral do Paraná com 134 mil eleitores.

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