Cresce a adesão de partidos políticos e entidades do movimento social à campanha pelo impeachment do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), em virtude de denúncias de irregularidades na contratação milionária de agências de publicidade.
O caldo também está entornando para o tucano entre os próprios colegas de Câmara que, hoje, preocupados mais com a manutenção de seus mandatos, dão sinais claros de que não seguirão cegamente como dantes a orientação do presidente da Casa.
Percebendo essa movimentação intensa, Derosso mirou na vaga de vice na chapa do prefeito Luciano Ducci (PSB). Virou uma questão de honra e de sobrevivência para o vereador do PSDB, portanto, uma espécie de tábua da salvação!.
O diabo é que estrategistas da prefeitura já não se empolgam tanto quanto se empolgavam antes das denúncias que agora pairam sobre a gestão do tucano na Câmara. De preferido de Ducci, aos poucos, Derosso vai se transformando em aliado incômodo.
João Cláudio Derosso não deverá se entregar tão facilmente aos paraguaios. Tentará a vice a qualquer custo. Tem cartas nas mangas, pois está na presidência da Câmara há 14 anos. à‰ a memória viva de tudo que ocorreu (de bom e ruim) dentro do grupo político que vem dominando a cidade há quase 4 décadas.
Se o vereador for rifado, como ensaiam alguns, Derosso ficará quieto? Eis a principal pergunta que se faz nos meios políticos.
Resumo da ópera: Se abandonado, Derosso poderá até cair, mas, certamente, levará muito mais gente junto com ele.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.