Desfiliação de Fruet ameaça hegemonia do PSDB no Paraná

Saída de Fruet do PSDB representa duro golpe na dinastia Richa. Foto: Denis Ferreira Neto.
O ex-deputado federal Gustavo Fruet anunciará amanhã à s 10 horas desfiliação do PSDB. Será o fim de um namoro de sete anos.

Fruet deixou o PMDB em 2004 porque o partido negou-lhe chance de disputar a prefeitura de Curitiba, um antigo sonho.

No ano passado, o ex-deputado concorreu ao Senado pelo PSDB e obteve 650 mil votos na capital.

Credenciado para disputar a prefeitura em 2012, Fruet viu-se sem apoio do governador Beto Richa, presidente estadual do PSDB e mandachuva da legenda em Curitiba, que prefere a reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB).

O praticamente ex-tucano deverá ingressar no PDT, onde assumirá a presidência da agremiação.

A saída de Gustavo Fruet representa uma ameaça de morte à  hegemonia do PSDB no Paraná, pois, se eleito prefeito, passará à  base de sustentação política da presidenta Dilma Rousseff e da ministra petista Gleisi Hoffmann (Casa Civil), adversária declarada de Richa em 2014.

Economia

Fruet lidera todas as pesquisas de opinião na corrida pelo Palácio 29 de Março (sede do executivo municipal).

O colégio eleitoral curitibano sempre foi decisivo nas eleições estaduais. à‰ como se fosse meio caminho andado na direção ao Palácio Iguaçu.

A movimentação de Fruet tem o aval do ministro Carlos Lupi (Trabalho), presidente nacional licenciado do PDT, e do ministro Paulo Bernardo (Comunicações) — o marido de Gleisi.

Quando ingressar no PDT, o ex-deputado terá liberdade para costurar alianças políticas heterogêneas. No entanto, Fruet não pretende incorporar o PT nos planos, isto é, no primeiro turno das eleições de 2012.

Amanhã, durante a coletiva de imprensa, Gustavo Fruet deverá ler uma carta de despedida do PSDB. Quem teve acesso ao texto garante que “a missiva é de encher os olhos de lágrimas”.

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