A decisão do deputado Valdir Rossoni (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, de não colocar em votação ontem (19), durante a última sessão de 2012, a criação de cargos em comissão para o Ministério Público (MP) e Tribunal de Justiça (TJ) abriu uma crise entre legislativo e judiciário.
O TJ esperava a aprovação de 25 cargos de desembargador e de 290 novos comissionados. O MP reivindicava a aprovação de 69 cargos em comissão.
O presidente do TJ, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, surpreso, se diz traído pelo presidente da Assembleia. Me sinto apunhalado pelas costas!, afirmou aos repórteres Karlos Kohlbach e Euclides Lucas Garcia.
Nos bastidores da Assembleia fala-se que a decisão de Rossoni seria troco! à s sentenças judiciais que cassaram seu filho (relembre) e nora (relembre) da prefeitura de Bituruna. O tucano nega qualquer motivação política. Ele garante que o objetivo era evitar votação de projetos no afogadilho!.
Demais deputados de todos os partidos se apressam a dizer que nada têm a ver com a decisão do presidente da Casa de não colocar a matéria em votação. “à‰ prerrogativa exclusiva do presidente”, eximem-se.
Outro projeto que deixou de ser votado, o que aumentava as custas judiciais, deixou os donos de cartório indignados, mas entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Federação as Indústrias do Paraná (Fiep) comemoraram.
O projeto previa reajustes de mais de 1000% para alguns serviços, o que certamente iria impactar nos custos da indústria e do comércio paranaenses. Custos esses que certamente acabariam repassados para o consumidor!, disse o presidente da Fiep, Edson Campagnolo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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