Depois que a primeira-dama do Estado, Fernanda Richa, disse em entrevista que seria candidata a vice do prefeito Luciano Ducci (PSB), caso a legislação permitisse, o mundo político captou a explosiva declaração como se fosse um claro sinal de que o PSDB não cederá a legenda para o ex-deputado federal Gustavo Fruet disputar a prefeitura na capital.
à‰ neste contexto que o PMDB movimenta-se para trazer de volta Fruet, pois se trata de uma oportunidade única de o partido reconquistar em 2012 a prefeitura que administrou há 23 anos pelas mãos do atual senador Roberto Requião.
Falando em mãos, é essa a principal disputa travada hoje dentro do PMDB.
De um lado, o grupo liderado pelo ex-governador Orlando Pessuti e aliados; de outro, Requião e o sobrinho João Arruda, deputado federal e secretário-geral da sigla.
Requião diz que não aceita Fruet, mas, na verdade, tudo não passa de jogo de cena. Faz charme.
Apesar de o PSDB emitir sinais que não quer confronto direto, os peemedebistas têm dificuldades em apoiar a reeleição de Ducci porque teriam que dividir palanque com o governador Beto Richa. Além disso, seriam sócios rebaixados numa composição polêmica.
Tanto requianistas quanto pessutistas sonham em adquirir o passe de Fruet, mas o diabo é que eles não recuam do projeto de serem os articuladores dessa estratégia.
Fruet dá pistas que prefere o PMDB por causa do tempo de TV que dispõe. Também flerta com outras agremiações, no entanto, sem muito entusiasmo.
O ex-deputado não quer queimar etapas na guerra intestinal no ninho tucano, por isso estica a corda da definição sobre a troca de partido. Possivelmente, baterá asas somente em julho.
Enquanto isso, a crise de ciúmes continuará no PMDB. Ou melhor, a briga por espaço se intensificará. Fruet quer distância dessa guerra interna, pois já enfrenta uma que dura quase seis meses no PSDB.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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