A promessa do então candidato ao governo Beto Richa (PSDB), em 2010, era transformar a Companhia de Paranaense de Energia (Copel) numa empresa rentável a acionistas. Um ano e meio depois da posse, a realidade hoje é outra. A estatal vê seus lucros despencarem a índices preocupantes: 17% no trimestre.
O blog ouviu um ex-diretor da energética para saber o que provocou a abrupta queda nos lucros. O executivo, que pediu para não ser identificado, acredita em má gestão na companhia. Ele atribui a perda de lucratividade aos supersalários que a Copel paga à diretoria.
Esse mesmo ex-diretor da estatal de energia observa que, embora a queda nos lucros seja de 17%, houve um aumento de 11% nas receitas, o que, na opinião dele, reforça a tese de problema na gestão.
A seguir, reproduzo uma nota publicada no último dia 15 de maio Valor Online e Estado de S. Paulo acerca dessa questão:
“Lucro da Copel recua 17% no trimestre
Uma pressão de custos e despesas empurrou para baixo o resultado da Copel no primeiro trimestre. A empresa encerrou o período com lucro de R$ 314,1 mi, queda de 17% em relação a um ano antes.
As receitas subiram 11%, para R$ 2,02 bi. Os custos e despesas operacionais, contudo, somaram R$ 1,58 bi, alta de 15,1% na comparação anual.
O resultado financeiro também contribuiu para a queda na última linha do balanço. No primeiro trimestre, a Copel registrou uma receita financeira líquida de R$ 15,3 mi, 86% menor do que a registrada entre janeiro e março de 2011.
O Ebitda atingiu R$ 585,407 mi de janeiro a março, significando retração de 0,3% ante os R$ 587,175 mi contabilizados em igual intervalo no ano passado.”
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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