URGENTE: Câmara restabelece veto de Bolsonaro a reajuste para servidores públicos

A Câmara dos Deputados, por 316 votos favoráveis e 165 contrários, restabeleceu nesta quinta-feira (20) o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que impedia reajustes salariais e contagem de tempo de serviço para profissionais de segurança pública, saúde e educação durante a pandemia de Covid-19.

Na noite de ontem (19), o Senado havia derrubado o veto do presidente da República.

Durante as discussões no plenário da Câmara, nesta noite, o deputado Aliel Machado (PSB-PR) disse que a Casa fez vistas grossas ao aumento de 70% para as carreiras militares de alta patente.

Segundo o parlamentar socialista, o que se estava votando era a possibilidade de aumento e progressões caso os governos estaduais assim entendessem. Mas não adiantou. O governo Bolsonaro conseguiu tratorar a oposição depois da adesão do Centrão, na semana passada.

Se os oposicionistas lamentam a derrota de hoje, por outro lado, o novo líder do governo na Casa, deputado Ricardo Barros (PP-PR), comemorou sua primeira grande vitória na função. Ou seja, uma estreia e tanto para o político do Centrão.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também membro do fisiológico Centrão, igualmente defendeu a manutenção do veto presidencial. O parlamentar disse que o veto era “bom” para os servidores e “bom” para o Brasil.

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A declaração de Maia soou como ironia. Seria a mesma coisa se ele dissesse que injeção na testa é uma coisa “boa” e que os brasileiros deveriam tomar todos os dias.

O projeto vetado previa que profissionais da linha de frente no combate ao coronavírus entrariam nas exceções à proibição de reajustes e contagem de tempo no serviço público, que foi estabelecida pela Lei Complementar 173, de 2020 como contrapartida ao auxílio federal de R$ 125 bilhões para estados e municípios durante a pandemia.

Também seriam beneficiados os militares, os trabalhadores de limpeza urbana, os agentes penitenciários, os assistentes sociais e os trabalhadores de serviços funerários.

Apenas os trabalhadores dessas categorias que atuam diretamente no combate à pandemia estariam livres da restrição. Os demais servidores públicos federais, estaduais e municipais continuriam enquadrados na proibição, que vai até o fim de 2021.

Porém, com a manutenção do veto, prevaleceu a barbárie.

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Lula defende que Sara Winter não deve ser presa e sim ‘reeducada’

O ex-presidente Lula defendeu em entrevista na TV Democracia no YuoTube, nesta quinta-feira (20), a opinião de que a militante bolsonarista Sara Winter não deve ser presa em sim ‘reeducada’.

“Uma daquelas moças de Brasília, que publicou a foto da menina [que foi estuprada pelo tio e fez um aborto], o hospital que a menina estava, essa pessoa não tem que ser presa, essa menina não tem que ser morta a bala como eles acham que tem que ser, essa menina tem que ser reeducada, a família dessa menina precisa reeducá-la”, declarou Lula.

O líder petista acrescentou ainda que é preciso enfrentar politicamente a extrema-direita no Brasil. “Essa gente existe no Brasil e nós só vamos construir o país dos sonhos se a gente tiver coragem de enfrentar essa gente. Desistir jamais. Eles estão aí, nós temos que enfrentá-los e reeducá-los”. disse.

Sara Geromini foi presa no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga atos antidemocráticos e atualmente usa uma tornozeleira eletrônica. Ela divulgou no fim de semana o nome da menina de 10 anos que foi estuprada no Espírito Santo pelo tio, engravidou e foi submetida a um procedimento de aborto amparado pela lei em um hospital no Recife.

Trump lamenta prisão de ex-assessor Steve Bannon: ‘Eu me sinto mal’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta quinta-feira (20), que se sente “muito mal” com a prisão de seu ex-assessor Steve Bannon, mas afirmou que não sabe nada sobre a organização de arrecadação de recursos envolvida no caso investigado por procuradores federais.

“Realmente acho que é um triste acontecimento”, disse Trump a repórteres no Salão Oval da Casa Branca. “Não trato com ele há anos, literalmente anos”.

Bannon foi acusado de fraudar apoiadores de Trump com uma campanha para ajudar a construir um muro na fronteira com o México. “Eu me sinto muito mal. Não trato com ele há muito tempo”, disse Trump.

Bannon é uma das quatro pessoas presas nesta quinta e acusadas de conspirarem para cometer fraude eletrônica e conspirarem para praticar lavagem de dinheiro, em um indiciamento a cargo de procuradores federais de Manhattan.

Os procuradores acusam o grupo criminoso de fraudar centenas de milhares de doadores por meio de uma campanha de financiamento coletivo de 25 milhões de dólares chamada “We Build the Wall”, disse o Departamento de Justiça. Cada um deles pode pegar até 40 anos de prisão.

“Não sei nada sobre o projeto, só sei que não gostei quando li a respeito dele, não gostei. Eu disse ‘isto é para o governo, não é para particulares’, e me pareceu pura exibição”, disse Trump.

O presidente também disse a repórteres que não conhece os três que foram acusados com Bannon, e que não acredita ter se encontrado com eles nunca.

Steve Bannon também é um dos articuladores de uma rede internacional de extrema-direita nas redes sociais para atacar países e lideranças políticas progressistas e de esquerda.